DST j. bras. doenças sex. transm; 36 (), 2024
Publication year: 2024
Introduction:
Women living with HIV/AIDS have a higher frequency of anogenital neoplasms resulting from human papillomavirus (HPV) infection. The World Health Organization recommends that cervical cancer screening uses molecular tests that amplify viral genetic material, such as HPV-DNA. In addition to collection by health professionals, self-collection of vaginal samples is a useful tool for expanding access to testing. Objective:
To describe the results of the pilot study that evaluated the acceptability of self-collection of vaginal samples and the applicability of offering HPV-DNA tests with self-collection of vaginal samples for women living with HIV/AIDS in Brazil. Methods:
Descriptive cross-sectional study involving women living with HIV/AIDS treated in eight HIV-specialty healthcare facilities distributed in all regions of the country from May 2021 to May 2022 and a central laboratory. Vaginal self-collection was offered, and participants were interviewed about sociodemographic data and impressions of self-collection. Results:
In total, 1,919 women living with HIV/AIDS with an average age of 45 years participated in the study. Some type of HPV was detected in 66% (1,267) of cases. The majority (71.9%) said they preferred self-collection to sample collection by health care professionals. Only 53.8% of participants underwent cytology at the appropriate frequency, as recommended by the protocol. Conclusion:
The results may support the implementation of molecular biology tests to detect HPV in women living with HIV/AIDS, including the possibility of vaginal self-collection, promoting increased access to cervical cancer screening.
(AU)
Introdução:
Mulheres vivendo com HIV/AIDS possuem maior frequência de neoplasias anogenitais decorrentes da infecção pelo papilomavírus humano (HPV). A Organização Mundial da Saúde recomenda que o rastreio de câncer do colo do útero seja utilizado por testes moleculares que amplificam o material genético viral, como o HPV-DNA. Além da coleta por profissionais da saúde, a autocoleta de amostras vaginais consiste em uma ferramenta útil para ampliação do acesso à testagem. Objetivo:
Descrever os resultados do estudo piloto que avaliou a aceitabilidade da autocoleta de amostra vaginal e aplicabilidade da oferta de testes HPV-DNA com autocoleta de amostras vaginais para mulheres vivendo com HIV/AIDS no Brasil. Métodos:
Estudo transversal descritivo envolvendo mulheres vivendo com HIV/AIDS atendidas em oito serviços ambulatoriais distribuídos em todas as regiões do país no período de maio/2021 a maio/2022 e um laboratório central. Realizou-se a oferta de autocoleta vaginal e uma entrevista com as participantes sobre dados sociodemográficos e impressões da autocoleta. Resultados:
No total, 1.919 mulheres vivendo com HIV/AIDS com média de 45 anos participaram do estudo. Houve detecção de algum tipo de HPV em 66% (1.267) dos casos. A maioria (71,9%) afirmou preferir a autocoleta à coleta de amostras por profissionais da saúde. Apenas 53,8% das participantes realizaram citologia na periodicidade adequada, conforme recomendação do protocolo. Conclusão:
Os resultados poderão apoiar a implementação dos testes de biologia molecular para detecção de HPV em mulheres vivendo com HIV/AIDS, incluindo a possibilidade de autocoleta vaginal, promovendo a ampliação do acesso ao rastreamento de câncer do colo do útero.
(AU)