HSJ; 14 (), 2024
Publication year: 2024
Objective:
To estimate the relative risk of COVID-19 in-hospital mortality rates among patients according to residing in the two largest cities of each state or residing in any smaller city, and to describe different patterns across states and macro-regions of Brazil. Method:
The sample included all hospitalizations confirmed for COVID-19 that occurred in Brazil with a recorded outcome of the hospitalization by the end of December 2021. The exposure assessed was patients residing in the two largest cities of the state or any smaller cities. The outcome was in-hospital mortality rates caused by COVID-19. Multilevel Poisson regression was used to estimate adjusted relative risks for each state and macro-region of Brazil. Result:
The analytic sample was composed of 1,658,934 hospitalized COVID-19 cases. For the whole country, living in the two largest cities of each state was associated with a lower risk of in-hospital mortality rate. Nevertheless, in two states of the North region (Amazonas and Pará), individuals living in the largest cities presented greater in-hospital fatality rates than those living in smaller cities. Conclusion:
At the two biggest states of the Brazilian North region, the pattern of association between living in the largest cities and in-hospital fatality was inverse, and higher proportions of deaths without access to a hospital bed were identified, indicating singular vulnerability. The findings highlight the need for a more equitable distribution of health care services and qualified professionals in the vast territory of Brazil
Objetivo:
Estimar o risco relativo de taxas de mortalidade hospitalar pela COVID-19 entre pacientes de acordo com residir nas duas maiores cidades de cada estado ou residir em qualquer cidade menor e descrever diferentes padrões entre estados e macrorregiões do Brasil. Método:
A amostra incluiu todas as internações confirmadas por COVID-19 ocorridas no Brasil com registro da internação por COVID-19 até o final de dezembro de 2021. A exposição avaliada foi pacientes residentes nas duas maiores cidades do estado ou em cidades menores. O desfecho estudado foi as taxas de mortalidade hospitalar causadas pela COVID-19. A regressão de Poisson multinível foi utilizada para estimar os riscos relativos ajustados de cada estado e macrorregião do Brasil. Resultado:
A amostra analítica foi composta por 1.658.934 casos hospitalizados por COVID-19. Para todo o país, morar nas duas maiores cidades de cada estado foi associado a um menor risco de taxa de mortalidade hospitalar. Apesar disso, em dois estados da região Norte (Amazonas e Pará), os indivíduos residentes nas maiores cidades apresentaram maiores taxas de letalidade hospitalar do que aqueles residentes nas cidades menores. Conclusão:
Nos dois maiores estados da região Norte brasileira, o padrão de associação entre morar nas maiores cidades e mortalidade hospitalar foi inverso, e foram identificadas maiores proporções de mortes sem acesso a leito hospitalar, indicando vulnerabilidade singular. Os resultados destacam a necessidade de uma distribuição mais equitativa dos serviços de saúde e de profissionais qualificados no todo território do Brasil