Grupo de mulheres: o desenvolvimento de habilidades de facilitação e a geração de uma dinâmica de grupo promotora de saúde
Women's support group: the development of facilitation skills and the generation of a health-promoting group dynamic
Grupo de mujeres: el desarrollo de habilidades de facilitación y la generación de una dinámica grupal promotora de salud

Rev. Bras. Med. Fam. Comunidade (Online); 19 (46), 2024
Publication year: 2024

Introdução:

A realização de grupos é uma das possibilidades de atuação das equipes da Atenção Primária à Saúde. Esse tipo de intervenção possibilita o desenvolvimento de ações de cuidado que extrapolam as consultas individuais, propiciando educação em saúde, integração, troca de experiências e ampliação da rede de apoio. Ainda que não tenham necessariamente o propósito de serem terapêuticos em termos de saúde mental, apresentam-se como espaços de promoção de saúde e prevenção de agravos. O trabalho com grupos é capaz de gerar aprimoramento para todas as pessoas envolvidas — usuários e profissionais — na medida em que possibilita colocar em evidência os saberes da comunidade, abrindo a possibilidade de que as intervenções em saúde sejam criadas em coletivo.

Objetivo:

Analisar o processo de desenvolvimento da habilidade de facilitação de grupos e os impactos das habilidades adquiridas na sua dinâmica, bem como na sua efetividade como ferramenta de produção de saúde, considerando as habilidades e competências da Medicina de Família e Comunidade.

Métodos:

Trata-se de pesquisa qualitativa desenvolvida na UBS Santa Cecília. Os encontros aconteceram semanalmente pelo período de uma hora durante seis meses. A ferramenta utilizada para acompanhamento do desenvolvimento da habilidade de facilitação se deu pela observação estruturada, baseada em cinco competências básicas para facilitação de grupos. A dinâmica estabelecida consistiu na determinação de uma profissional facilitadora e outra observadora, que registrou as intervenções realizadas, sendo esses papéis invertidos a cada encontro. Quinzenalmente os dados eram analisados, gerando reflexões e sugestões para melhoria das intervenções.

Resultados:

Cada competência descrita na ferramenta utilizada teve como resultado o desenvolvimento de habilidades primordiais para o funcionamento do grupo. Um dos maiores indicadores do êxito em alcançar as habilidades desejadas ocorreu pela observação de intervenções cada vez menos necessárias, tomando as participantes os papéis de protagonistas e responsáveis pelo desenvolvimento do grupo, questionando, produzindo e obtendo saúde.

Conclusões:

A utilização de um instrumento de observação e reflexão das competências do agente atuante como facilitador de um grupo permitiu que a dinâmica se estabelecesse de forma fluida com rápido entendimento das participantes sobre seus papéis no contexto geral do grupo. Observou-se também que a relação estabelecida entre elas resultou na formação de rede de apoio, melhoria do autocuidado e conhecimento, informação em saúde e apoio social às envolvidas.

Introduction:

Running support groups is one of the actions of Primary Health Care teams. This type of intervention enables the development of actions that go beyond individual consultations as the only space of care, providing health education, integration, exchange of experiences, and an enlargement in the support network. Although these groups do not necessarily have the purpose of being therapeutic in terms of mental health, they are presented as spaces for building health promotion and disease prevention. The alternative of groups as care practice generates improvement for all involved individuals — users and professionals — as it makes it possible to highlight the community's knowledge, opening the possibility that health interventions are created collectively.

Objective:

To analyze the process of ability development in regards to the facilitation of support groups and the impacts of the acquired skills on its dynamics, as well as on its effectiveness as a health production tool, considering the skills and competencies in Family and Community Medicine.

Methods:

Qualitative study developed at Santa Cecilia BHU. The meetings took place for one hour weekly over a six months period and the tool used to monitor the development of the facilitation skill was the instrument “Structured Observation”, based on five basic skills for facilitating groups. The dynamics consisted of the determination of a professional facilitator and an observer, who recorded the interventions that were carried out, with these roles being reversed at each meeting. The data were analyzed bi-weekly, with reflections and suggestions for improving interventions.

Results:

Each competence described in the tool resulted in the development of essential skills for the functioning of the group. One of the major indicators of the achievement of the desired skills occurred by observing interventions that were less and less necessary, with participants taking on the roles of protagonists and becoming responsible for the development of the group, questioning, producing, and acquiring health.

Conclusions:

The use of an instrument for observing and reflecting on the skills of the agent acting as a group facilitator allows the dynamics to be fluidly established, with a quick understanding of the participants about their roles in the general context of the group. It was also observed that the relationship established between them resulted in the formation of a support network, improvement of self-care and knowledge, health information and social support for those involved.

Introducción:

La realización de grupos es una de las acciones de los equipos de la Atención Primaria a la Salud. Este tipo de intervención hace posible el desarrollo de acciones que extrapolan las consultas individuales como único espacio de cuidado, ofreciendo educación en salud, integración, intercambio de experiencias y ampliación de la red de apoyo. Aunque estos grupos no tengan necesariamente el propósito de ser terapéutico en términos de salud mental, se presentan como sitios de construcción de promoción de salud y prevención de agravios. La alternativa de los grupos como una práctica asistencial crea una mejora para todas las personas involucradas — usuarios y profesionales — ya que habilita colocar en evidencia los saberes de la comunidad, abriendo la posibilidad de que las intervenciones en salud sean creadas en colectivo.

Objetivo:

Analizar el proceso de desarrollo de la habilidad de facilitación de grupos y los impactos de las habilidades adquiridas en la dinámica de este, así como en la efectividad como herramienta de producción de salud, considerando las habilidades y competencias de la Medicina de Familia y Comunidad.

Métodos:

Se trata de estudio cualitativo llevado a cabo en la UBS Santa Cecília. Los encuentros ocurrieron semanalmente durante una hora por seis meses y la herramienta utilizada para seguimiento del desarrollo de la habilidad de facilitación fue el instrumento Observación Estructurada, basado en cinco competencias básicas para facilitación de grupos. La dinámica establecida consistió en la determinación de una profesional facilitadora y otra observadora, que registró las intervenciones realizadas, siendo esos papeles cambiados a cada encuentro. A cada quince días los datos eran analizados, haciendo reflexiones y sugestiones para mejorar las intervenciones.

Resultados:

Cada competencia descrita en la herramienta utilizada tuvo como resultado el desarrollo de habilidades primordiales para el funcionamiento del grupo. Uno de los grandes indicadores del éxito en alcanzar las habilidades deseadas ocurrió por la observación de intervenciones cada vez menos necesarias, tomando las participantes los papeles de protagonistas y responsables por el desarrollo del grupo, cuestionando, produciendo y obteniendo salud.

Conclusiones:

La utilización de un instrumento de observación y reflexión de las competencias del agente actuante como facilitador de un grupo permiten que la dinámica se establezca de forma fluida con rápido entendimiento de las participantes sobre sus papeles en el contexto general del grupo. Se pudo observar también que la relación establecida entre ellas resultó en la formación de red de apoyo, mejora del autocuidado y conocimiento, información en salud y apoyo social a las involucradas.

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