Rev. Fac. Odontol. Porto Alegre; 64 (1), 2023
Publication year: 2023
Objetivo:
A anestesia de molares mandibulares irreversivelmente inflamados está atrelada a taxas de falha que variam de 43% a 83% após o Bloqueio do Nervo Alveolar Inferior(BNAI). Portanto, o objetivo do presente trabalho foi revisar a literatura disponível sobre técnicas anestésicas primárias e complementares, para auxiliar o clínico a alcançar anestesia profunda durante o tratamento de urgência de molares mandibulares com pulpite irreversível. Materiais e métodos:
Foram pesquisados, na base de dados PubMed, ensaios clínicos randomizados cuja população abrangeu pacientes com pulpite irreversível em molares mandibulares procurando atendimento de urgência. Foi avaliado o sucesso anestésico através do relato de dor durante a abertura coronária e/ou instrumentação dos canais radiculares utilizando a escala visual analógica. Dos 82estudosencontradossobre técnicas anestésicas primárias, 7foram incluídos, enquanto para as técnicas complementares, dos 21 estudos encontrados, foram incluídos 8.Revisão de literatura:
A técnica Intraóssea (IO) chegou a apresentar 100%desucesso em dentes em que a BNAI havia falhado. Já, as técnicas Intraligamentar (IL)e Infiltração Mandibular (IM), aumentaram de 28,1% para 75% e 65,6% respectivamente, as taxas de sucesso anestésico. Discussão:
Ouso de anestesia IO como técnica complementar ao BNAI, ou ainda, o uso deste, combinado com as anestesias IL e IM aumentam de forma significativa os percentuais de sucesso para alcançar anestesia pulpar. Conclusão:
Embora a conquista da anestesia profunda de molares inferiores inflamados seja desafiadora, técnicas anestésicas podem ser combinadas para proporcionar ao paciente um conforto maior durante o tratamento.
Aim:
Anesthesia of irreversibly inflamed mandibular molars is linked to failure rates ranging from 43% to 83% after Inferior Alveolar Nerve Block (IANB).Therefore, the objectiveof the present study was to review the available literature on primary and complementary anesthetic techniques to help the cliniciantoachieve deep anesthesia during the urgent treatment of mandibular molars with irreversible pulpitis. Materials and methods:
randomizedclinical trialswhose population included patients with irreversible pulpitis in mandibular molars seeking emergency care were searched in the PubMed database. Anesthetic success was evaluated by reporting pain during coronary opening and/or instrumentation of root canals using the visual analog scale. 82 studieswerefoundedonprimary anesthetic techniques,and7 were included, while for the supplementary techniques, 21 studieswerefounded,and8 were included. Literature review:
the Intraosseous (IO) technique was 100% successful when the BNAI had failed. Intraligamentary injection (IL) and Mandibular Infiltration (IM) techniques, increased from 28.1% to 75% and 65.6%, respectively, success rates. Discussion:
the use of IO anesthesia as asupplementary technique to BNAI, or even its use, combined with IL and IM anesthesia significantly increasedthe percentages of success to achieve pulpal anesthesia. Conclusion:
Although the achievement of deep anesthesia of inflamed lower molars is challenging, anesthetic techniques can be combinedto provide greater patient comfort during treatment.