Introdução:

Existe umarelação entre inflamação e doenças crônicas não transmissíveis, que geralmente se manifestam na fase adulta. Entretanto, já é possível perceber alterações inflamatórias no público infanto-juvenil.Sendo assim, torna-se necessário o estudo dos fatores associados à inflamação ainda nessa fase, a fim de que sejam feitas intervenções cabíveis para impedir que taisalterações se prologuem até a vida adulta.

Objetivo:

Avaliar a associação entre marcadores inflamatórios, indicadores de excesso de peso e marcadores de consumo alimentar em crianças e adolescentes.

Métodos:

Estudo transversal com indivíduos de 8 a 14 anos, de escolas públicas de Vitória/ES. Para avaliar inflamação, utilizaram-se leucócitos, proteína C reativa e ácido úrico. Os indicadores de excesso de peso utilizados foram perímetro da cintura, razão cintura/estatura, IMC-para-idade e percentual de gordura corporal. Para estimar as probabilidades de associação, calcularam-se razões de prevalência e seus respectivos intervalos de confiança de 95%, por meio de modelos de regressão de Poisson, ajustados para características sociodemográficas.

Resultados:

Avaliaram-se 296 indivíduos, com média de 10,7 anos, sendo 54,4% do sexo feminino e 53,7% adolescentes.Todas as variáveis com risco dos indicadores de excesso de peso mostraram-se significativas com o risco de ácido úrico elevado, além do risco de elevação da razão cintura/estatura (RP = 1,14), do IMC-para-idade (RP = 1,08) e da gordura corporal (RP = 1,10) serem significativos com o risco de PCR elevado.

Conclusão:

Conclui-se que o risco de alterações nos indicadores de excesso de peso esteve relacionado com o risco de elevação dos marcadores inflamatóriosem escolares.