Política do setor de saúde intercultural para populações indígenas do Peru: multi ou interculturalidade?
Peru's intercultural health sector policy for indigenous populations: multi or interculturality?
Saúde Redes; 7 (Supl. 2), 2021
Publication year: 2021
Este artigo analisa a Política Setorial de Saúde Intercultural do Perú para povos indígenas a partir de uma literatura que discute aos termos interculturalidade e multiculturalidade. O Perú é considerado multilíngue e pluriétnico, segundo a constituição Política do ano 1993, pois 40% da sua população é indígena. Para a pesquisa utilizamos pesquisa documental das Políticas setoriais de saúde intercultural peruana; com Análise de Conteúdo dos "Encontros Multiculturais". Utilizamos o referencial teórico da interculturalidade crítica, consideramos que para políticas de saúde com enfoque na inclusão social, é fundamental e necessário combater as assimetrias na prestação dos serviços, pois uma política realmente inclusiva numa perspectiva intercultural crítica, a ação governamental precisa de uma mudança de paradigma, de dominante e monocultural, para um paradigma decolonial e pluricultural. Como resultado argumentamos que o discurso intercultural usado nestas Políticas tem pontos teóricos fracosque dificultam a implementação das Políticas com essência de interculturalidade críticapossibilitando uma inclusão social com respeito às diferenças. (AU)
This article Peru's Sectorial Intercultural Health Policy for indigenous peoples from a literature that discusses the terms intercultural and multicultural. Peru is considered multilingual and multi-ethnic, according to the Political Constitution of 1993, since 40% of its population is indigenous. For the research we used documentary research of the sectorial policies of Peruvian intercultural health; with Content Analysis of "Multicultural Encounters". We use the theoretical framework of critical interculturality, we consider that for health policies with a focus on social inclusion, it is fundamental and necessary to combat asymmetries in the provision of services, because a truly inclusive policy in a critical intercultural perspective, government action needs a change of paradigm, dominant and monocultural, for a decolonial andpluricultural paradigm. As a result, we argue that the intercultural discourse used in these Policies has weak theoretical points that hinder the implementation of Policies with the essence of critical interculturality, enabling social inclusion with respect to differences. (AU)