Resistant Hypertension: A Diagnostic Challenge
Hipertensão arterial resistente: Um desafio diagnóstico

Medicina (Ribeirao Preto, Online); 57 (1), 2024
Publication year: 2024

Introduction:

Primary hyperaldosteronism is a leading cause of secondary arterial hypertension, affecting approximately 10% to 20% of the hypertensive population worldwide and in Brazil. This condition involves excessive aldosterone production due to factors such as adrenal adenoma, hyperplasia, or, less commonly, adrenal carcinoma and familial hyperaldosteronism. This study reports a case of resistant hypertension secondary to aldosterone-producing adenoma.

Clinical Case:

A 70-year-old male patient presented with episodes of dizziness, syncope, cramps, and asthenia. His medical history included resistant hypertension for over 30 years, despite treatment with five classes of antihypertensive medications. Additionally, he had a history of dyslipidemia, type 2 diabetes mellitus, non-dialysis chronic renal failure, and obstructive coronary artery disease. Physical examination showed a BMI of 29 kg/m² (overweight), mean blood pressure of 140/90 mmHg (right arm) and 150/100 mmHg (left arm), and palpable nodules in both thyroid lobes, classified as Bethesda V based on aspiration cytopathology. Subsequently, he underwent total thyroidectomy and lymph node dissection. Laboratory tests revealed high plasma aldosterone levels with suppressed renin and an elevated aldosterone-renin ratio, raising suspicion of primary hyperaldosteronism. This diagnosis was confirmed by a computed tomography scan, which identified a 1.2 cm nodule in the right adrenal gland consistent with an adenoma. The patient underwent unilateral laparoscopic adrenalectomy. Two years post-surgery, the patient’s blood pressure was well-controlled with three antihypertensive medications, and his blood sugar, aldosterone, and renin levels were normal.

Discussion and Conclusion:

Most patients undergoing unilateral adrenalectomy for aldosterone-producing adenomas experience significant clinical improvement. Early screening and diag-nosis of primary hyperaldosteronism are crucial for effective management, reducing the risk of complications in the cardiovascular and renal systems (AU)

Introdução:

O hiperaldosteronismo primário é a principal causa de hipertensão arterial secundária, com prevalência estimada entre 10% e 20% da população hipertensa mundial e no Brasil. Trata-se de uma condição caracterizada pela produção excessiva de aldosterona, que pode ser causada por adenoma, hiperplasia adrenal ou, mais raramente, carcinoma adrenal e condições hereditárias de hiperaldosteronismo familiar. O objetivo deste estudo é relatar um caso de hipetensão arterial resistente secundária a um adenoma produtor de aldosterona.

Caso Clínico:

Um paciente do sexo masculino, de 70 anos, apresentou episódios de tontura, síncope, câimbras e astenia. Sua história médica inclui hipertensão arterial resistente por mais de 30 anos, apesar do tratamento com cinco classes de antihipertensivos. O paciente também possui histórico de dislipidemia, diabetes mellitus tipo 2, insuficiência renal crônica não dialítica e coronariopatia obstrutiva. O exame físico revelou um IMC de 29 kg/m² (sobrepeso), pressão arterial média de 140/90 mmHg (braço direito) e 150/100 mmHg (braço esquerdo), além de nódulos palpáveis nos lobos direito e esquerdo da tireoide, classificados como Bethesda V em citopatologia aspirativa. Foi realizada, então, tireoidectomia total e esvaziamento ganglionar.Os exames laboratoriais mostraram níveis elevados de aldosterona plasmática, com renina suprimida e uma elevada relação aldosterona-renina, o que levantou a suspeita de hiperaldoste-ronismo primário. Esta suspeita foi confirmada por tomografia computadorizada, que revelou um nódulo de 1,2 cm na glândula suprarrenal direita, compatível com adenoma. O paciente foi submetido a uma suprarrenalectomia unilateral por laparoscopia. Dois anos após a cirurgia da adrenal esquerda, o paciente apresentava níveis pressóricos controlados com o uso de três clas-ses de anti-hipertensivos, e houve normalização dos níveis de potássio, aldosterona e renina.

Discussão e Conclusão:

A maioria dos pacientes submetidos a adrenalectomia unilateral por adenoma produtor de aldosterona experimenta uma melhora clínica significativa. O rastreamento e diagnóstico precoce são essenciais para o manejo eficaz do hiperaldosteronismo primário, ajudando a reduzir complicações cardiovasculares e renais (AU)

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