J. Health Biol. Sci. (Online); 12 (1), 2024
Publication year: 2024
Objective:
this study aims to identify the factors influencing menstrual period management among vulnerable and non-vulnerable patients treated at the Emergency Department of a public hospital. Methods:
the sample comprised patients who sought care at the Emergency Department of Santa Casa de São Paulo between July 2022 and August 2023. Participants were stratified by gender (women, trans men, or non-binary individuals who menstruate) and social vulnerability (homeless, living in non-permanent housing such as shelters, without fixed income, or earning less than the minimum wage). Inclusion criteria were women, trans men, or non-binary individuals who menstruate, aged 18 years or older, and those who signed the Informed Consent Form (ICF). Exclusion criteria were individuals not menstruating or unable to sign the informed consent. Statistical analysis was performed using the Chi-Square Test. Results:
seventy (70) patients participated in this study, 34 of whom were classified as vulnerable and 36 as non-vulnerable. Key differences between the groups included hygiene practices during menstruation, frequency and ability to purchase menstrual products and medications, type of material used, duration of exposure to the material, and health conditions during menstruation. Similarities between the groups were observed in the most commonly used materials, contraceptive methods, menstrual flow volume, and experiences of embarrassment. Conclusion:
the study reveals both differences and similarities between the groups. Understanding these factors allows for the proper management of the menstrual period in vulnerable patients, supporting the development of public policies aimed at improving gynecological health outcomes for these populations.
Objetivo:
este estudo tem como objetivo identificar os fatores que influenciam o manejo do período menstrual entre pacientes vulneráveis e não vulneráveis atendidas no Pronto Socorro de um hospital público. Métodos:
a amostra foi composta por pacientes que procuraram atendimento no Pronto Socorro da Santa Casa de São Paulo entre julho de 2022 e agosto de 2023. Os participantes foram estratificados por sexo (mulheres, homens trans ou indivíduos não binários que menstruam) e vulnerabilidade social (situação de rua, vivendo em moradias não permanentes, como abrigos, sem renda fixa ou ganhando menos que um salário mínimo). Os critérios de inclusão foram mulheres, homens trans ou indivíduos não binários que menstruam, com idade igual ou superior a 18 anos e que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Os critérios de exclusão foram indivíduos que não menstruam ou incapazes de assinar o termo de consentimento livre e esclarecido. A análise estatística foi realizada por meio do Teste Qui-Quadrado. Resultados:
participaram deste estudo setenta (70) pacientes, sendo 34 classificados como vulneráveis e 36 como não vulneráveis. As principais diferenças entre os grupos incluíram práticas de higiene durante a menstruação, frequência e capacidade de compra de produtos e medicamentos menstruais, tipo de material utilizado, duração da exposição ao material e condições de saúde durante a menstruação. Semelhanças entre os grupos foram observadas nos materiais mais utilizados, métodos contraceptivos, volume do fluxo menstrual e experiências de constrangimento. Conclusão:
o estudo revela diferenças e semelhanças entre os grupos. A compreensão desses fatores permite o manejo adequado do período menstrual em pacientes vulneráveis, apoiando o desenvolvimento de políticas públicas que visam melhorar os resultados de saúde ginecológica dessas populações.