Experiências para a ‘desjudicialização’ da saúde no Brasil: uma revisão integrativa
Experiences for the ‘dejudicialization’ of health in Brazil: an integrative review
Experiencias para la ‘desjudicialización’ de la salud en Brasil: una revisión integradora

Tempus (Brasília); 17 (4), 2023
Publication year: 2023

Objetivos:

Descrever a experiências para a desjudicialização da saúde no Brasil. Trata-se de uma revisão integrativa.

Metodologia:

Realizou-se uma Revisão Integrativa da literatura com buscas na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (Scielo), Cadernos Ibero-Americanos de Direito Sanitário, Revista de Direito Sanitário da Universidade de São Paulo e Google acadêmico.

Resultados e discussão:

Os artigos analisados são unânimes em apresentar experiências exitosas que estabelecem arranjos institucionais dialógicos.

Algumas experiências se destacam:

Câmara Permanente Distrital de Mediação em Saúde (CAMEDIS) da Defensoria Pública do Distrito Federal; espaços de mediação e resolução de conflitos instituído pelo Ministério Público de Minas Gerais; Câmara de Resolução de Litígios em Saúde (CRLS), no Rio de Janeiro; e “SUS Mediado”, câmara de conciliação no estado do Rio Grande do Norte. Em contrapartida, a única experiência não exitosa identidicada, não contou com participação plural dos setores interessados na temática. Os achados apontam que a desjudicialização é um caminho promissor e viável.

Conclusões:

Há necessidade de consenso como estratégia pré-processual, destacando os canais de comunicação entre os profissionais de saúde, executivo e o judiciário, o estabelecimento de câmaras de mediação e conciliação que tem um baixo custo, são céleres e visam suprimir conflitos e reduzir as demandas judiciais desnecessárias dos litígios em saúde. (AU)

Objectives:

To describe the experiences for the ‘dejudicialization’ of health in Brazil. This is an integrative review.

Methodology:

This is an integrative review in which searches were carried out in the Virtual Health Library (VHL), Scientific Electronic Library Online (Scielo), and Google Scholar databases.

Results and discussion:

The analyzed articles are unanimous in presenting successful experiences that establish dialogic institutional arrangements.

Some experiences stand out:

Permanent District Chamber of Mediation in Health (CAMEDIS) of the Public Defender's Office of the Federal District; spaces for mediation and conflict resolution established by the Public Ministry of Minas Gerais; Health Dispute Resolution Chamber (CRLS), in Rio de Janeiro; and “SUS Mediado”, conciliation chamber in the state of Rio Grande do Norte. On the other hand, the only unsuccessful experience identified did not have the plural participation of sectors interested in the theme. The findings indicate that ‘dejudicialization’ is a promising and viable path.

Conclusions:

There is a need for consensus as a pre-procedural strategy, highlighting the communication channels between health professionals, the executive and the judiciary, the establishment of mediation and conciliation chambers that have a low cost, are quick and aim to suppress conflicts and reduce unnecessary lawsuits in health litigation. (AU)

Objetivos:

Describir las experiencias para la desjudicialización de la salud en Brasil. Esta es una revisión integradora.

Metodología:

Se trata de una revisión integradora en la que se realizaron búsquedas en las bases de datos de la Biblioteca Virtual en Salud (BVS), la Biblioteca Electrónica Científica en Línea (Scielo) y Google Scholar.

Resultados y discusión:

Los artículos analizados son unánimes en presentar experiencias exitosas que establecen arreglos institucionales dialógicos.

Se destacan algunas experiencias:

Cámara Distrital Permanente de Mediación en Salud (CAMEDIS) de la Defensoría Pública del Distrito Federal; espacios de mediación y resolución de conflictos establecidos por el Ministerio Público de Minas Gerais; Cámara de Resolución de Conflictos en Salud (CRLS), en Río de Janeiro; y “SUS Mediado”, cámara de conciliación en el estado de Rio Grande do Norte. Por otro lado, la única experiencia fallida identificada no contó con la participación plural de sectores interesados en el tema. Los hallazgos indican que la desjudicialización es un camino promisorio y viable.

Conclusiones:

Existe la necesidad del consenso como estrategia preprocesal, destacándose los canales de comunicación entre los profesionales de la salud, el ejecutivo y el judicial, el establecimiento de salas de mediación y conciliación que tengan un bajo costo, sean rápidas y tengan como objetivo la supresión de conflictos y reducir demandas innecesarias en litigios de salud. (AU)

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