O envelhecimento populacional ocorre de modo acelerado no Brasil, gerando discussões sobre a maior participação de pessoas mais velhas na força de trabalho e a ocorrência de ageismo direcionado ao referido grupo etário. Diante desse cenário, esse trabalho tem como objetivo analisar a presença do ageismo entre servidores de diversas idades do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), comarca de Petrolina. Para isso, foi aplicado a 106 servidores da referida organização um questionário online,composto por dados sociodemográficos e laborais e da Escala de Ageismo no Contexto Organizacional (EACO). Os dados coletados foram analisados por meio de estatística descritiva e Teste Qui-quadrado. Os resultados mostram que as atitudes negativas com maior concordância são as relacionadas à improdutividade e ao adoecimento. Já as atitudes positivas mais relatadas pelos servidores associam o envelhecimento ao maior conhecimento e capacidade de lidar com pressões no trabalho. Não foram encontradas diferenças significativas nas percepções dos servidores em relação ao sexo e idade. Diante da coexistência, na organização, de ambas as atitudes, com maior incidência das positivas que revelam o ageismo sutil e benevolente, este artigo corrobora a importância de refletir acerca da complexidade do envelhecimento e o desenvolvimento de estratégias para combater o ageismo no contexto organizacional.(AU)