Protocolos para Avaliação Miofuncional Orofacial para Fissura Labiopalatina: revisão sistemática
Orofacial myofunctional assessment protocols for cleft lip and palate: systematic review
Protocolos de evaluación miofuncional orofacial para labio y paladar hendido: revisión sistemática

Distúrbios Comun. (Online); 36 (3), 2024
Publication year: 2024

Introdução:

Fissuras Labiopalatinas são malformações congênitas que acometem os lábios e/ou o palato e, comprometem outras estruturas e funções orofaciais. As alterações miofuncionais orofaciais causadas pelas fissuras são particulares da malformação e requerem uma avaliação completa e específica do sistema estomatognático.

Objetivo:

verificar protocolos utilizados para avaliação miofuncional orofacial nas fissuras labiopalatinas e averiguar as variáveis específicas para avaliação junto a esta malformação.

Métodos:

Esta revisão sistemática seguiu as recomendações do “Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses”, aprovada pela COMPESQ da instituição de ensino e registrada na PROSPERO. A estratégia de busca da revisão foi guiada pela estratégia “PICO”. As pesquisas foram realizadas nas seguintes bases de dados (entre 2010 e maio de 2020): MEDLINE (PubMed), LILACS, Web of Science, EMBASE, CINAHL e Scielo. Foram incluídos estudos observacionais transversais, estudos de coorte, de controle de casos e ensaios clínicos, com instrumentos para avaliação miofuncional orofacial para Fissuras Labiopalatinas e nos idiomas inglês, espanhol e português. Para avaliação da qualidade dos estudos observacionais foi utilizado o “Study Quality Assessment Tools”.

Resultados:

Foram incluídos três artigos com protocolos de avaliação miofuncional orofacial junto à população com fissuras labiopalatinas. As variáveis consideradas como específicas na comparação dos protocolos, foram: os lábios, língua, dentes, bochechas, palato duro, mobilidade labial e lingual.

Conclusão:

Esta revisão sistemática identificou três protocolos de avaliação da Motricidade Orofacial para indivíduos com fissura labiopalatina, que focaram na avaliação das estruturas dos lábios, língua, palato mole e duro, bochechas, dentes, e na mobilidade labial e lingual. A comparação dos itens frequentes com o protocolo AMIOFE-A, indicou a ausência de variáveis essenciais, como: a classificação da FLP, características das cicatrizes, avaliação do frênulo lingual, quantidade de dentes, presença e aspecto da úvula e das tonsilas palatinas, mobilidade do palato mole e da faringe, além de aspectos específicos da fala e da função velofaríngea. Recomenda-se a criação de um instrumento abrangente que avalie funções, estruturas, mobilidade, tonicidade e sensibilidade orofacial. Isso auxiliaria na elaboração de planejamentos terapêuticos precisos e na melhoria da qualidade das pesquisas. Além disso, futuros estudos devem padronizar as faixas etárias das amostras para permitir comparações mais precisas e protocolos amplamente aplicáveis. (AU)

Introduction:

Cleft Lip and Palate are congenital malformations that affect the lips and/or palate and compromise other orofacial structures and functions. The orofacial myofunctional alterations caused by clefts are specific to the malformation and require a comprehensive and specific evaluation of the stomatognathic system.

Objective:

The objective of this systematic review is to identify the orofacial myofunctional assessment protocols for cleft lip and palate and to verify the specific variables for the assessment of this malformation.

Methods:

This systematic review followed the recommendations of the “Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses”, approved by the COMPESQ of the educational institution and registered in PROSPERO. The search strategy for the review was guided by the “PICO” strategy. Searches were conducted in the following databases (between 2010 and May 2020): MEDLINE (PubMed), LILACS, Web of Science, EMBASE, CINAHL, and Scielo. Cross-sectional observational studies, cohort studies, case-control studies, and clinical trials were included, with instruments for orofacial myofunctional evaluation for cleft lip and palate in English, Spanish, and Portuguese languages. The “Study Quality Assessment Tools” were used to assess the quality of observational studies.

Results:

Three articles with protocols for orofacial myofunctional evaluation among the population with cleft lip and palate were included. The variables considered specific in the comparison of protocols were lips, tongue, teeth, cheeks, hard palate, labial, and lingual mobility.

Conclusion:

This systematic review identified three orofacial myofunctional assessment protocols for individuals with cleft lip and palate, focusing on the evaluation of the structures of the lips, tongue, soft and hard palate, cheeks, teeth, and labial and lingual mobility. The comparison of frequent items with the AMIOFE-A protocol indicated the absence of essential variables such as: FLP classification, scar characteristics, evaluation of the lingual frenulum, number of teeth, presence and appearance of the uvula and palatine tonsils, mobility of the soft palate and pharynx, as well as specific aspects of speech and velopharyngeal function. It is recommended to create a comprehensive instrument that assesses orofacial functions, structures, mobility, tonicity, and sensitivity. This would aid in the development of precise therapeutic plans and improve the quality of research. Furthermore, future studies should standardize the age ranges of samples to allow for more accurate comparisons and widely applicable protocols. (AU)

Introducción:

La fisura labiopalatina es una malformación congénita que afecta a los labios y/o paladar y compromete otras estructuras y funciones orofaciales. Las alteraciones miofuncionales orofaciales causadas por las fisuras son específicas de la malformación y requieren una evaluación integral y específica del sistema estomatognático.

Objetivo:

Examinar los protocolos utilizados para la evaluación miofuncional orofacial en la fisura labiopalatina e investigar variables específicas para la evaluación en esta malformación.

Métodos:

Esta revisión sistemática siguió las recomendaciones de los “Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses”, aprobadas por el COMPESQ de la institución educativa y registradas en PROSPERO. La estrategia de búsqueda para la revisión fue guiada por la estrategia “PICO”. Las búsquedas se realizaron en las siguientes bases de datos (entre 2010 y mayo de 2020): MEDLINE (PubMed), LILACS, Web of Science, EMBASE, CINAHL y Scielo. Se incluyeron estudios observacionales transversales, estudios de cohortes, estudios de casos y controles, y ensayos clínicos, con instrumentos para la evaluación miofuncional orofacial para la fisura labiopalatina en inglés, español y portugués. Se utilizaron las “Herramientas de Evaluación de la Calidad del Estudio” para evaluar la calidad de los estudios observacionales.

Resultados:

Se incluyeron tres artículos con protocolos para la evaluación miofuncional orofacial entre la población con fisura labiopalatina.

Las variables consideradas específicas en la comparación de los protocolos fueron:

labios, lengua, dientes, mejillas, paladar duro, movilidad labial y lingual.

Conclusión:

Esta revisión sistemática identificó tres protocolos de evaluación miofuncional orofacial para individuos con fisura labiopalatina, que se centraron en la evaluación de las estructuras de los labios, la lengua, el paladar blando y duro, las mejillas, los dientes y la movilidad labial y lingual. La comparación de los ítems frecuentes con el protocolo AMIOFE-A indicó la ausencia de variables esenciales, tales como: clasificación de FLP, características de las cicatrices, evaluación del frenillo lingual, cantidad de dientes, presencia y aspecto de la úvula y las amígdalas palatinas, movilidad del paladar blando y la faringe, además de aspectos específicos del habla y de la función velofaríngea. Se recomienda la creación de un instrumento integral que evalúe funciones orofaciales, estructuras, movilidad, tonicidad y sensibilidad. Esto ayudaría en la elaboración de planes terapéuticos precisos y en la mejora de la calidad de la investigación. Además, los estudios futuros deben estandarizar los rangos de edad de las muestras para permitir comparaciones más precisas y protocolos ampliamente aplicables. (AU)

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