Como eu faço tomografia computadorizada e ressonância magnética cardiovasculares na avaliação dos pseudotumores cardíacos: uma breve revisão
My approach to cardiovascular computed tomography and magnetic resonance imaging in the evaluation of cardiac pseudotumors: a brief review

ABC., imagem cardiovasc; 37 (3), 2024
Publication year: 2024

As lesões pseudotumorais cardíacas são condições não neoplásicas que muitas vezes são negligenciadas no diagnóstico diferencial das massas cardíacas. Apresentam quadro clínico variável, podendo ser assintomáticas ou causar complicações como restrição ao enchimento ventricular e obstrução da via de saída. O ecocardiograma é o método de imagem de primeira linha, mas possui limitações como dependência da janela acústica e variabilidade interoperadoras. No entanto, uma abordagem multimodalidade, incluindo TC e RM, é essencial para a busca de um diagnóstico preciso. A TC, com excelente resolução espacial, permite detalhamento anatômico, avaliação de calcificações e gordura intralesionais, além de contribuir para o planejamento terapêutico. A RM é preferida para a caracterização tecidual e diferenciação entre lesões benignas e malignas. Estruturas anatômicas normais, como a valva de Eustáquio e a rede de Chiari, podem ser confundidas com trombos ou tumores, exigindo sua correta identificação. Trombos são comuns em pacientes com fibrilação atrial ou doença valvar mitral, sendo a RM importante para diferenciá-los de neoplasias. Outras condições pseudotumorais incluem vegetação, gossipibomas, calcificação caseosa do anel valvar mitral, hipertrofia lipomatosa do septo interatrial. A integração de modalidades avançadas de imagem cardiovascular é fundamental para o diagnóstico e manejo dessas lesões, otimizando o cuidado dos pacientes. (AU)
Cardiac pseudotumoral lesions are non-neoplastic conditions that are often overlooked in the differential diagnosis of cardiac masses. They present a variable clinical picture, ranging from asymptomatic to causing complications such as ventricular filling restriction and outflow tract obstruction. Echocardiography is the first-line imaging method but has limitations, such as dependence on the acoustic window and operator variability. However, a multimodality approach, including CT and MRI, is essential for seeking an accurate diagnosis. CT, with its excellent spatial resolution, allows for anatomical detailing, assessment of intralesional calcifications and fat, and contributes to therapeutic planning. MRI is preferred for tissue characterization and differentiation between benign and malignant lesions. Normal anatomical structures, such as the Eustachian valve and Chiari network, can be confused with thrombi or tumors, requiring correct identification. Thrombi are common in patients with atrial fibrillation or mitral valve disease, with MRI being important for differentiating them from neoplasms. Other pseudotumoral conditions include vegetation, gossypibomas, caseous calcification of the mitral valve annulus, and lipomatous hypertrophy of the interatrial septum. The integration of advanced cardiovascular imaging modalities is fundamental for the diagnosis and management of these lesions, optimizing patient care. (AU)

More related