Exploring snakebite epidemiology between 2010 and 2021in Paraná, Brazil: introducing distribution patterns,clinical profiles, and sociodemographic factors
Explorando a epidemiologia dos acidentes ofídicos entre2010 e 2021 no Paraná, Brasil: apresentando padrões dedistribuição, aspectos clínicos e fatores sociodemográficos
Semina cienc. biol. saude; 45 (2), 2024
Publication year: 2024
Snakebite envenomation, although prevalent in rural and tropical areas, is often neglected as a public health issue. Paraná records fewer cases compared to other Brazilian regions, yet the epidemiology and factors affecting these incidents are not fully understood. This study aimed to describe the epidemiology of snakebite accidents in Paraná from 2010 to 2021 and identify factors associated with clinical outcomes. Data were sourced from the Notifiable Diseases Information System and Venomous Animals Notification System. Incident trends were analyzed using Joinpoint Regression, and high-incidence regions were identified through spatial autocorrelation and hotspot analysis. Associations between factors and outcomes were assessed using logistic regression, Fisher’s exact test, or the Chi-squared test. Of 9,362 cases, 69.19% involved Bothrops spp., while Thamnodynastes spp., Dipsasspp., and Philodryas spp. were the main non-venomous snakes. Venomous snakebite incidence decreased by 7.74% from 2017 to 2021. Death was associated with age >65, illiteracy, delays ≥6 h, and local/systemic complications (p<0.001). Non-venomous snakebite accidents rose by 6% since 2010. A case of acute renal failure was reported in an accident involving Pseudablabes patagoniensis. The study highlights snakebites as a significant public health issue due to their potential for severe complications. The findings enhance understanding of snakebite epidemiology in Paraná, aiding in the development of targeted interventions and prevention strategies.
O envenenamento por serpentes, embora prevalente em áreas rurais e tropicais, é frequentemente negligenciado como um problema de saúde pública. O Paraná registra menos casos em comparação com outras regiões brasileiras, mas a epidemiologia e os fatores que afetam esses incidentes não são totalmente compreendidos. Este estudo teve como objetivo descrever a epidemiologia dos acidentes ofídicos no Paraná de 2010 a 2021 e identificar os fatores associados aos resultados clínicos. Os dados foram obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação e do Sistema de Notificação de Animais Peçonhentos. As tendências de incidência foram analisadas usando a regressão Joinpoint, e as regiões de alta incidência foram identificadas por meio de autocorrelação espacial e análise de hotspot. As associações entre fatores e desfechos foram avaliadas por meio de regressão logística, teste exato de Fisher ou teste de qui-quadrado. Dos 9.362 casos, 69,19% envolviam Bothrops spp., enquanto Thamnodynastes spp., Dipsas spp. e Philodryas spp. foram as principais serpentes não venenosas. A incidência de picadas por serpentes venenosas diminuiu 7,74% de 2017 a 2021. A morte foi associada à idade >65 anos, ao analfabetismo, a atrasos no atendimento ≥6 horas e a complicações locais/sistêmicas (p<0,001). Os acidentes com serpentes não venenosas aumentaram em 6% desde 2010. Um caso de insuficiência renal aguda foi relatado em um acidente envolvendo Pseudablabes patagoniensis. O estudo destaca as picadas de serpentes como um importante problema de saúde pública devido ao seu potencial para complicações graves. Os resultados melhoram a compreensão da epidemiologia do ofidismo no Paraná, auxiliando no desenvolvimento de intervenções direcionadas e estratégias de prevenção.