Rev. Psicol., Divers. Saúde; 14 (1), 2025
Publication year: 2025
OBJETIVO:
Este artigo descreve o contexto da Política de Saúde Mental no Brasil e no Amazonas, analisando a história dessa
política no estado em conexão com o sistema econômico, político e social do país. MATERIAL E MÉTODOS:
A pesquisa qualitativa utilizou
fontes orais e documentais. Foram entrevistados atores envolvidos no Movimento da Reforma Psiquiátrica e suas estratégias para registrar
a história da Saúde Mental e da Reforma Psiquiátrica no Amazonas. RESULTADOS:
O Brasil é reconhecido internacionalmente por priorizar
a desinstitucionalização em saúde mental, promovendo redes de atenção psicossocial que garantem cidadania e inclusão para pessoas em
sofrimento mental. No Amazonas, as iniciativas da década de 1980 foram estagnadas nos anos 1990, sendo retomadas em 2000 com debates
sobre a Reforma Psiquiátrica. A mobilização resultou na Política Estadual de Saúde Mental, aprovada em 2003 pela Resolução CES nº 037,
visando substituir hospitais psiquiátricos por serviços comunitários. O projeto de lei estadual em Saúde Mental nº 3.177 só foi sancionado em
2007, e o primeiro Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) foi inaugurado em Parintins (2005) e em Manaus (2006). CONCLUSÃO:
O período
analisado abrange do século XIX até a atualidade. Apesar dos avanços, as fontes indicam que a política de saúde mental no Amazonas sofreu
influência de agendas políticas dos governantes estaduais e municipais e conflitos entre os atores, comprometendo a implantação dos serviços e sobrecarregando o atendimento psiquiátrico emergencial.
OBJECTIVE:
This article describes the context of Mental Health Policy in Brazil and Amazonas, analyzing the history of this policy
in the state in connection with the country's economic, political, and social system. MATERIAL AND METHODS:
The qualitative research used
oral and documentary sources. Actors involved in the Psychiatric Reform Movement and their strategies to record the history of Mental Health
and Psychiatric Reform in Amazonas were interviewed. RESULTS:
Brazil is internationally recognized for prioritizing deinstitutionalization in
mental health, promoting psychosocial care networks that guarantee citizenship and inclusion for people with mental suffering. In Amazonas,
the initiatives of the 1980s were stagnant in the 1990s, being resumed in 2000 with debates on Psychiatric Reform. The mobilization resulted
in the State Mental Health Policy, approved in 2003 by Resolution CES No. 037, aiming to replace psychiatric hospitals with community services.
The state bill on Mental Health No. 3,177 was only sanctioned in 2007, and the first Psychosocial Care Center (CAPS) was opened in Parintins
(2005) and Manaus (2006). CONCLUSION:
The period analyzed covers the period from the 19th century to the present. Despite the advances,
the sources indicate that mental health policy in Amazonas was influenced by the political agendas of state and municipal governments and
conflicts between stakeholders, compromising the implementation of services and overloading emergency psychiatric care.
OBJETIVO:
Este artículo describe el contexto de la Política de Salud Mental en Brasil y Amazonas, analizando la historia de esa política en
el estado en conexión con el sistema económico, político y social del país. MATERIAL Y MÉTODOS:
Investigación cualitativa que utilizó fuentes orales
y documentales. Se entrevistaron actores involucrados en el Movimiento de Reforma Psiquiátrica y sus estrategias para registrar la historia de la
Salud Mental y la Reforma Psiquiátrica en Amazonas. RESULTADOS:
Brasil es reconocido internacionalmente por priorizar la desinstitucionalización en
salud mental, promoviendo redes de atención psicosocial que garantizan ciudadanía e inclusión a personas en sufrimiento mental. En Amazonas, las
iniciativas de los años 1980 quedaron estancadas en los años 1990, retomándose en 2000 con debates sobre la Reforma Psiquiátrica. La movilización
resultó en la Política Estatal de Salud Mental, aprobada en 2003 por Resolución CES nº 037, cuyo objetivo es sustituir los hospitales psiquiátricos por
servicios comunitarios. El proyecto de ley estatal de Salud Mental nº 3.177 no fue sancionado hasta 2007, y se inauguró el primer Centro de Atención
Psicosocial (CAPS) en Parintins (2005) y Manaus (2006). CONCLUSIÓN:
El período analizado abarca desde el siglo XIX hasta la actualidad. A pesar de
los avances, las fuentes indican que la política de salud mental en Amazonas estuvo influenciada por agendas políticas de los gobiernos estatales y
municipales y conflictos entre actores, comprometiendo la implementación de servicios y sobrecargando la atención psiquiátrica de emergencia.