Incidência de sífilis congênita e fatores associados à transmissão vertical da sífilis: dados do estudo Nascer no Brasil
Incidence of congenital syphilis and factors associated with vertical transmission: data from the Birth in Brazil study
Incidencia de sífilis congénita y factores asociados a la transmisión vertical de la sífilis: datos del estudio Nacer en Brasil

Cad. Saúde Pública (Online); 32 (6), 2016
Publication year: 2016

Resumo:

O objetivo foi estimar a incidência de sífilis congênita ao nascimento e verificar os fatores associados à transmissão vertical da sífilis. Estudo nacional, de base hospitalar, realizado em 2011-2012 com 23.894 puérperas, por meio de entrevista hospitalar, dados de prontuário e cartão de pré-natal. Realizada regressão logística univariada para verificar os fatores associados à sífilis congênita. Estimada incidência de sífilis congênita de 3,51 por mil nascidos vivos (IC95% 2,29-5,37) e taxa de transmissão vertical de 34,3% (IC95%: 24,7-45,4). Casos de sífilis congênita estiveram associados à menor escolaridade materna, cor da pele preta e maior proporção de fatores de risco para prematuridade, bem como ao início mais tardio do pré-natal, menor número de consultas e menor realização de exames sorológicos. A mortalidade fetal foi seis vezes superior nos casos de sífilis congênita, e recém-natos com sífilis congênita apresentaram maior frequência de internação. A sífilis congênita persiste como problema de saúde pública, estando associada à maior vulnerabilidade social e falhas na assistência pré-natal.

Abstract:

The objectives were to estimate incidence of congenital syphilis and verify factors associated with vertical transmission. A national hospital-based study was performed in 2011-2012 with 23,894 postpartum women using an in-hospital interview and data from patient charts and prenatal cards. Univariate logistic regression was performed to verify factors associated with congenital syphilis. Estimated incidence of congenital syphilis was 3.51 per 1,000 live births (95%CI: 2.29-5.37) and vertical transmission rate was 34.3% (95%CI: 24.7-45.4). Congenital syphilis was associated with lower maternal schooling, black skin color, higher rate of risk factors for prematurity, late initiation of prenatal care, fewer prenatal visits, and lower rate of prenatal serological testing. Fetal mortality was six times higher in congenital syphilis, and newborns with congenital syphilis showed higher hospital admission rates. Congenital syphilis is a persistent public health problem in Brazil and is associated with greater social vulnerability and gaps in prenatal care.

Resumen:

El objetivo fue estimar la incidencia de sífilis congénita en el nacimiento y verificar los factores asociados a la transmisión vertical de la sífilis. Se realizó un estudio nacional, de base hospitalaria, realizado en 2011-2012 con 23.894 puérperas, mediante una entrevista hospitalaria, datos de historial médico y tarjeta de prenatal. Se realizó una regresión logística univariada para verificar los factores asociados a la sífilis congénita. Se estimó la incidencia de sífilis congénita de un 3,51 por 1.000 nacidos vivos (IC95%: 2,29-5,37) y tasa de transmisión vertical de un 34,3% (IC95%: 24,7-45,4). Los casos de sífilis congénita estuvieron asociados a una menor escolaridad materna, ser afrobrasileño y una mayor proporción de factores de riesgo para partos prematuros, así como al inicio más tardío del seguimiento prenatal, menor número de consultas y menor realización de exámenes serológicos. La mortalidad fetal fue seis veces superior en los casos de sífilis congénita y los recién nacidos con sífilis congénita presentaron una mayor frecuencia de internamiento. La sífilis congénita persiste como un problema de salud pública, estando asociada a una mayor vulnerabilidad social y fallos en la asistencia prenatal.

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