Cad. Saúde Pública (Online); 32 (8), 2016
Publication year: 2016
Resumo:
Considerando que não há estudos brasileiros que avaliem a relação entre a inserção no mercado de trabalho e a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) de mulheres, objetivou-se com a presente pesquisa verificar se existe associação entre ter ou não trabalho remunerado e a QVRS das mulheres, e, se o estrato socioeconômico modifica esta associação. Trata-se de estudo transversal de base populacional com amostra de 668 mulheres de 18 a 64 anos do Inquérito de Saúde de Campinas (ISACamp 2008/2009), utilizando-se o SF-36 para avaliar a QVRS. Ser dona de casa esteve associado à pior QVRS, sobretudo nos aspectos mentais, mas esta associação é modificada pelo nível socioeconômico. Nos segmentos de intermediária e baixa escolaridade e renda familiar, as donas de casa apresentaram pior QVRS que as trabalhadoras remuneradas, mas não houve diferença entre os dois segmentos nos estratos de alta escolaridade e renda. A pior QVRS das donas de casa enfatiza a importância de políticas públicas que visem a ampliar as oportunidades de inserção da mulher no mercado de trabalho e de acesso à educação.
Abstract:
Considering the lack of Brazilian studies on the relationship between participation in the labor market and health-related quality of life (HRQL) in women, the objectives were to verify whether there is an association between paid work versus no paid work and HRQL in women, and whether socioeconomic status modifies this association. This was a population-based cross-sectional study with a sample of 668 women 18 to 64 years of age from the Campinas Health Survey (ISACamp 2008/2009), using SF-36 to assess HRQL. Being a housewife was associated with worse HRQL, especially in mental domains, but this association was modified by socioeconomic status. In the middle and low schooling and family income strata, housewives showed worse HRQL than paid women workers, but there was no difference between the two groups in the high schooling and high income strata. Housewives' worse HRQL emphasizes the importance of public policies to expand opportunities for women's participation in the labor market and access to education.
Resumen:
Considerando que no existen estudios brasileños que evalúen la relación entre inserción en el mercado de trabajo y la calidad de vida relacionada con la salud (QVRS) de mujeres, el objetivo de la presente investigación fue verificar si existe asociación entre tener o no trabajo remunerado y la QVRS de las mujeres, y si el estrato socioeconómico modifica esta asociación. Se trata de un estudio transversal de base poblacional con una muestra de 668 mujeres de 18 a 64 años de la Encuesta de Salud de Campinas (ISACamp 2008/2009), siendo utilizado el SF-36 para evaluar la QVRS. Ser ama de casa se asoció con la peor QVRS, sobre todo en los aspectos mentales, pero esta asociación está modificada por el nivel socioeconómico. En los segmentos intermedios y baja escolaridad y renta familiar, las amas de casa presentaron un peor QVRS que las trabajadoras remuneradas, pero no hubo diferencia entre los dos segmentos en los estratos de alta escolaridad y renta. La peor QVRS de las amas de casa enfatiza la importancia de políticas públicas que tengan por objetivo ampliar las oportunidades de inserción de la mujer en el mercado de trabajo y de acceso a la educación.