Arq. odontol; 51 (2), 2015
Publication year: 2015
Objetivo:
Identificar o perfil sociodemográfico, epidemiológico, comportamental e de utilização dos
serviços dos pacientes atendidos no ambulatório de exodontia da Faculdade de Odontologia, Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (FO-UFRGS), bem como os principais tipos de procedimentos, técnicas e
condutas empregadas e intercorrências trans/pós-operatórias mais comuns. Material e Métodos:
Estudo
descritivo retrospectivo. Foram tabulados 877 relatórios cirúrgicos preenchidos pelos alunos da graduação
nas atividades das disciplinas de Exodontia e Anestesiologia e Introdução à Exodontia, entre 2011/2 e
2013/1. As informações foram analisadas pelo programa Software Package for Social Sciences (SPSS for
Windows, version 18.0, SPSS Inc, Chicago, IL), sendo calculadas as distribuições de frequência das variáveis
investigadas. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade. Resultados:
Os
pacientes eram, na maioria, mulheres, entre 30-59 anos, cor de pele branca, ensino fundamental incompleto,
além de possuírem uma renda familiar entre 2 e 3 salários mínimos. Em relação aos hábitos comportamentais,
34,4% dos pacientes relatavam fumar e 31,1% disseram consumir bebidas alcoólicas pelo menos uma vez por
semana. Quanto à história clínica, 25,1% dos pacientes relataram sofrer de hipertensão, 33,3% eram diabéticos
ou tinham algum parente próximo com diabetes, 36,3% estavam em tratamento médico e 54,8% utilizavam um
ou mais medicamentos. Em relação aos procedimentos, 39,5% estavam indicados por serem restos radiculares,
sendo que em 30,1% dos casos os pacientes já chegavam com a queixa principal de extração. Conclusão:
Foi
possível conhecer o perfil sociodemográfico da população estudada – sexo feminino, 30-59 anos, cor de pele
branca, ensino fundamental incompleto, renda familiar entre 2-3 salários mínimos – e sua situação de saúde
(dados epidemiológicos-comportamentais). A maior parte dos pacientes não fumava, não consumia bebidas
alcoólicas e não sofria de hipertensão ou diabetes, porém relatou estar usando um ou mais medicamentos. As
intercorrências mais comuns foram hemorragia e lipotímia.(AU)
Aim:
To identify the sociodemographic,
epidemiological, behavioral and service utilization
profiles of the patients who received dental care
at the Tooth Extraction Outpatient Clinic, School
of Dentistry, Federal University of Rio Grande
do Sul (FO-UFRGS), as well as the main types
of procedures, together with the most commonly
employed procedures, techniques, and conducts,
and the most common trans and postoperative
complications. Methods:
This was a retrospective
descriptive study, in which 877 surgical reports, filled
out by undergraduate students during the activitiesrelated to the Exodontics and Anesthesiology, as well
as Intro to Exodontics, classes between the second
semester of 2011 and the first semester of 2013,
were gathered and tabulated. The collected data
were analyzed using Software Package for Social
Sciences (SPSS for Windows, version 18.0, SPSS Inc,
Chicago, IL), calculating the frequency distribution
of investigated variables. This study was approved by
the University’s Research Ethics Committee. Results:
Patients were mostly women, from 30 and 59 years of
age, of white ethnicity, with an incomplete elementary
school education, and a household income of between
2 and 3 minimum wages. Regarding behavioral
habits, 34.4% of the patients reported being smokers
and 31.1% reported alcohol consumption at least
once a week. Regarding the clinical history, 25.1% of
patients reported suffering from hypertension, 33.3%
were diabetic or had a close relative with diabetes,
36.3% were under medical treatment, and 54.8%
used one or more types of medicine. Regarding the
procedures, 39.5% were indicated because they were
root fragments, while 30.1% of the patients had
arrived with the main complaint of tooth extraction.
Conclusion:
It was possible to access the sociodemographic
profile – women, between 30-59 years
of age, of white ethnicity, incomplete elementary
school education, household income between 2 and
3 minimum wages – and the health status of the
population (epidemiological and behavioral data).
Most of the patients were not smokers, did not
consume alcoholic beverages, and did not suffer from
hypertension or diabetes, but they did report the use
of one or more types of medicine. The most common
complications were bleeding and fainting.(AU)