Conhecimento sobre educação vocal e autocuidado de políticos de Sergipe, Brasil
Knowledge of voice training and self-care among politicians in Sergipe, Brazil
Conocimiento sobre educación vocal y autocuidado de políticos de Sergipe, Brasil

Distúrb. comun; 28 (2), 2016
Publication year: 2016

Introdução:

políticos utilizam voz profissional, especialmente durante a campanha eleitoral.

Objetivo:

identificar a existência ou não de autocuidado vocal, na percepção dos parlamentares, no período eleitoral.

Método:

desenho exploratório, transversal, qualitativo com análise de conteúdo, composto por amostra de conveniência. Entre os 24 deputados estaduais, dez se dispuseram a participar voluntariamente, respondendo a um questionário autoaplicado, elaborado para este fim.

As perguntas foram apresentadas em bloco que versavam sobre:

a) perfil do respondente (gênero, idade, formação profissional e tempo de atuação como político); b) aquisição de informações sobre o uso da voz e acompanhamento fonoaudiológico; c) autopercepção da voz antes, durante e após a campanha eleitoral; d) queixa vocal atual.

Resultados:

dos dez respondentes, nove eram do gênero masculino; a média de idade foi de 45 (38-53) anos; a média de tempo de atividade política foi de 15 (11-22) anos e com outras profissões paralelas em que utilizam voz profissional. Destes, dois parlamentares relataram ter recebido orientação básica quanto à educação vocal em curso de radialismo, somente quatro políticos exercem algum tipo de autocuidado sobre o uso da voz.

Foram identificadas quatro categorias que nomeamos de estereótipos em relação ao uso e cuidados com a voz:

o “descuidado”; o “sem conhecimento, mas cuidadoso”; o “supostamente correto”; e o “teoricamente orientado, mas negligente”.

Considerações finais:

somente quatro parlamentares pesquisados preocupam-se, ainda que de forma rudimentar, com o uso adequado da voz. Entre os respondentes observou-se que há um desconhecimento da contribuição do profissional de Fonoaudiologia quanto à educação vocal.

Introduction:

politicians use professional vocals, particularly during the electoral campaigns.

Objective:

to indentify if there is or there is not a perception among members of the state assembly, of their vocal care during the electoral campaigns.

Method:

exploratory design, cross, qualitative with content analysis, in a convenience sample design. Within the 24 state deputies, 10 voluntarily agreed to participate, answering a self-applied questionnaire, elaborated for the study. The questions were presented in sections personal profile (age, gender, prior profession before entering politics and time as state deputy; knowledge of use of the vocals and if have had support from speech-language pathologist; perception of vocal behavior changes, prior, during and after electoral campaign; complains of any vocal issues during the collection of data.

Results:

out of the 10 interviewed, 9 were of the masculine gender, the average age was 45 (38-53) years; the average time of political activity was 15 (11-22) years and they had parallel professions were they utilized professional voice. Two state deputies had received basic vocal education in radio courses. Only 4 take some care of their voice.

We identified four categories that we named stereotypes:

the “non-caring”; the “without knowledge but caring”; the “supposing correct”; the “theoretically informed but negligent”.

Final considerations:

only four respondents worried, even if in a rudimental form, with the use of adequate voice. It was observed that there is a lack of knowledge of the contribution of speech-language pathology to the vocal education.

Introducción:

los políticos utilizan la voz profesionalmente, especialmente durante campañas electorales.

Objetivo:

Identificar la existencia o no de autocuidado vocal, en la percepción de los parlamentares, en periodos electorales.

Método:

estudio exploratorio, transversal, cualitativo, con análisis de contenido, compuesto por muestra de conveniencia. Entre 24 deputados estatales, diez se dispusieron a participar, contestando un cuestionario autoaplicado, elaborado para este fin.

Las preguntas fueron presentadas en bloques que versaban sobre:

a) perfil del encuestado (género, edad, profesión y tiempo de actuación como político); b) adquisición de informaciones sobre el uso de la voz y seguimiento fonoaudiológico; c) autopercepción de la voz antes, durante y después de campaña electoral; d) queja vocal presente.

Resultados:

de los diez encuestados, nueve eran hombres; la edad promedio fue de 45 (38-53) años; el tiempo promedio en actividad política fue de 15 (11-22) años y con otras profesiones paralelas en que también usaban la voz profesional. Dos parlamentares relataron haber recibido orientación básica relacionada con educación vocal en cursos de locución y solamente cuatro politicos ejercen algún tipo de autocuidado sobre el uso de la voz.

Fueron identificadas cuatro categorías que llamamos de estereotipos relacionados con el uso de la voz y sus respectivos cuidados:

el “descuidado”; el “sin conocimiento pero cuidadoso”; el “supuestamente correcto” y el “teóricamente orientado, pero negligente”.

Consideraciones finales:

solamente cuatro parlamentares investigados se preocupan, aunque de forma rudimentaria, con el uso adecuado de la voz. Se observó que hay un desconocimiento de la contribución del profesional de fonoaudiología en relación con la educación vocal.

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