Acesso à saúde: limites vivenciados por usuários do sus na obtenção de um direito
Access to health care: limitations experienced by users of brazilian health system concerning the obtention of a right
Acceso a la salud: límites vividos por usuarios del sus en la obtención de un derecho

Ciênc. cuid. saúde; 10 (2), 2011
Publication year: 2011

Este estudo objetivou verificar as facilidades e os limites do acesso à saúde sob a ótica de usuários do SUS em um município do Sul do Brasil. Com a criação do SUS em 1988 o acesso universal estabeleceu-se como um princípio. Avaliar o acesso dos usuários do SUS constitui-se em indicador sensível para acompanhar os serviços ofertados pelo sistema público de saúde. Desenvolveu-se uma pesquisa qualitativa com usuários pertencentes a duas unidades básicas de saúde, das quais uma utilizava a Estratégia Saúde da Família e a outra, não. Em janeiro de 2008 foram organizados dois grupos de usuários para a coleta de dados, aos quais se aplicou a técnica de grupo focal. Os encontros foram gravados, transcritos e analisados para a composição das seguintes categorias: Conformação da rede de atenção local; O Pronto-Atendimento como única porta de entrada aberta na rede; e Limites do acesso dos usuários ao Pronto-Atendimento. As barreiras de acesso à saúde encontradas neste estudo retratam uma realidade local e demonstram que a porta de entrada para a saúde pode ser tanto o serviço de emergência do hospital quanto a unidade de saúde, não havendo diferença entre os usuários de uma unidade de Saúde da Família e os de uma unidade de saúde tradicional.
This study aimed to investigate the efficiency and limitations of access to health care under the perspective of users of Brazilian Health System (SUS) in a city southern of Brazil. After SUS was created in 1988, universal access to health became a principle. Evaluating the access of users of SUS is a sensitive indicator to evaluate the services provided by the public health system.

A qualitative research was developed with users from two basic health care units:

one of them offered Family Health Program and the other did not. Two groups of users were organized for data collection, in January 2009. The focal group technique was applied. The meetings were recorded, transcribed and analyzed.

The emerging categories from analysis were:

Structuring of local health care network, The Emergency Ward as the only entrance door into the network; Limitation of users’ access to the Emergency Ward. Barriers regarding access to health found in such study portray a local reality, showing that the entrance door to health care occurs through the Emergency Ward of the hospital, as well as through the basic health care unit. There is no difference between users from the family health care unit services and the traditional health care unit services.
Este estudio tuvo como objetivo verificar las facilidades y los límites del acceso a la salud bajo la óptica de usuarios del SUS (Sistema Único de Salud) en un municipio del Sur de Brasil. Con la creación del SUS en 1988 el acceso universal se constituye como un principio. Evaluar el acceso de los usuarios del SUS se constituye en indicador sensible para acompañar los servicios ofrecidos por el sistema público de la salud. Se desarrolló una investigación cualitativa con usuarios pertenecientes a dos unidades básicas de salud, de las cuales una utilizaba la Estrategia Salud de la Familia, y la otra no. En enero de 2008 fueron organizados dos grupos de usuarios para la recolección de datos, siendo aplicada la técnica de grupo focal. Las citas fueron grabadas, transcriptas y analizadas para la composición de las siguientes categorías: Conformación de la red de atención local; El Hospital de Urgencias como única puerta de entrada abierta en la red; y Límites del acceso de los usuarios al Hospital de Urgencias. Las barreras de acceso a la salud encontradas en este estudio retratan una realidad local y demuestran que la puerta de entrada a la salud ocurre tanto por el servicio de emergencia del hospital como por la unidad de salud, no habiendo diferencia entre los usuarios de unidad de Salud de la Familia y los de una unidad de salud tradicional.

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