A proposta deste estudo foi avaliar os efeitos de diferentes soluções de café na aderência de S. mutans à superfície de vidro. As soluções de café foram preparadas com água destilada contendo fluoreto (1ppm), totalizando 5 grupos experimentais (n=20): 1) solução de café a 8 por cento; 2) soluçao de café a 16 por cento, ambos com água fervida e escoada através do pó (soluçao de café simples); 3) solução de café a 8 por cento; 4) solução de café a 16 por cento, ambos com água fervida juntamento com o pó e depois filtrada (soluçao de café servido) e 5) controle. Todas as diferentes soluções de café e controle foram colocadas em 20 tubos de ensaio contendo BHI desidratado e 10 por cento de sacarose. Bengalas de vidro de tamanho padronizado foram inseridas em cada um dos tubos e a seguir esterilizados. S. mutans GS 5 (10 5 células/mL) foram transferidos para os tubos, permanecendo em microaerofilia (5 por cento de CO2) a 37º por 1h30min. Após esse período, as bengalas foram transferidas para tubos com tampao fosfato, agitadas e a suspensao diluída e semeada em placas com ágar BHI acrescido de 10 por cento de sacarose. Após 48h de incubaçao a 37ºC/5 por cento CO2, determinou-se o número de UFC/mL para cada grupo. Os resultados foram analisados estatisticamente pelo método de ANOVA (a=5 por cento) e teste de Tukey. Pôde-se concluir que a solução de café simples e a solução de café fervido reduziu significantemente a aderência de S. mutans GS 5, sendo a solução de café fervido a 16 por cento mais efetiva.