A qualidade da prescrição de antimicrobianos em ambulatórios públicos da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, MG
The quality of antibiotics prescription in public health services of Belo Horizonte, MG

Ciênc. Saúde Colet. (Impr.); 13 (supl), 2008
Publication year: 2008

Este estudo investiga o uso de antimicrobianos e os padrões de prescrição e identifica os antimicrobianos mais freqüentemente prescritos nas unidades do serviço público de saúde de Belo Horizonte, MG. O estudo foi observacional, transversal de investigação da utilização da prescrição de antibacterianos em unidades públicas de saúde de Belo Horizonte, a partir da avaliação de amostra de prontuários e prescrições dispensadas no mês de março de 2002. A pediatria apresentou o maior índice de prescrição de antimicrobianos. A amoxicilina foi o antibacteriano mais prescrito. As hipóteses diagnósticas registradas com maior freqüência foram infecções das vias aéreas superiores, tonsilite e otite média. O percentual de inadequação entre hipótese diagnóstica registrada e antimicrobiano prescrito foi superior a 25 por cento. Observou-se variabilidade nos tempos de tratamento instituídos e, em cerca de 10 por cento das prescrições, o dado estava ausente. Verificou-se uma ausência sistemática de registro de informações gerais no prontuário. O estudo demonstrou a necessidade de intervenções que assegurarem o cumprimento dos protocolos como forma de garantir o uso adequado dos antimicrobianos.
This study investigates the use of antibiotics and prescribing patterns and identifies the antibiotics most frequently prescribed in public health units of Belo Horizonte, MG. The methods used were observational, cross-sectional study aimed at analyzing the consistency between a sample of medical records and antibiotic prescriptions dispensed during March 2002 in eleven public health units in Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil. Pediatrics showed the highest proportion of antibiotic prescribing among four specialties; amoxicillin was the most frequently prescribed antibiotic, followed by benzathine penicillin G, sulfamethoxazole/trimethoprim, and erythromycin. Upper respiratory tract infections, tonsillitis, acute otitis media and urinary tract infections were the diagnostic hypotheses most frequently recorded. Overall consistency between the recorded diagnostic hypotheses and the prescribed antibiotic was lower than 75 percent. The duration of the therapy prescribed varied largely and in approximately 10 percent of the prescriptions this information was lacking. Moreover, data on the patient such as age, body weight, co-morbidity, diagnostic hypotheses and adverse reactions, were systematically absent in the medical records. This study demonstrates the need for interventions in order to promote a more rational use of antibiotics.

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