O (não) lugar do homem jovem nas polÃticas de saúde sobre drogas no Brasil: aproximações genealógicas
The (non)space of the young man in health policies regarding drugs in Brazil: genealogical approaches
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.); 20 (11), 2015
Publication year: 2015
O estudo buscou problematizar as negociações e as condições de possibilidade para inclusão ou exclusão dos homens jovens no processo de formulação das polÃticas de saúde sobre drogas no Brasil. Inscrito no campo de estudos sobre gênero e propondo-se a discutir a relação entre masculinidades e uso de drogas, numa perspectiva interseccional, o marco referencial considera que: a maior vulnerabilidade de homens jovens a problemas no uso de drogas e as dificuldades de acesso e/ou vinculação aos serviços também precisam ser compreendidos a luz das leituras sobre gênero e saúde; e a forma como as discussões de gênero se fazem presentes nas polÃticas, seja nos documentos oficiais, seja na compreensão das pessoas ligadas à elaboração e/ou implementação destas, influencia, direta ou indiretamente, na forma como esses homens são reconhecidos, acessam e são acolhidos pelos serviços do Sistema Único de Saúde. A partir de três entrevistas episódicas e semiestruturadas com gestores que participaram da elaboração das polÃticas de saúde sobre drogas, nas esferas municipal, estadual e federal, e do estudo dos documentos citados durante as entrevistas, elaboramos um texto genealógico que procura recontar a história das polÃticas de drogas no Brasil, a partir dos acontecimentos destacados pelos interlocutores.
The study seeks to problematize the negotiations and conditions of possibility for the inclusion or exclusion of young men in the process of health policy formulation regarding drugs in Brazil. Situated in the field of gender studies and proposing to discuss the relationship between masculinities and the use of drugs from an intersectional perspective, the framework considers that: the increased vulnerability of young males to problems with drug use and the difficulties in access and/or links to services also need to be understood in light of the literature about gender and health; and that the form in which debates about gender are manifested in health policies – whether in official documents, or in the understanding of persons linked to the elaboration and/or implementation of such policy– directly or indirectly influence the way in which these men are recognized by, access, and are accepted by the services of the Unified Health System (SUS). Drawing upon three episodic and semi-structured interviews with managers who participated in the elaboration of health policy about drugs at the municipal, state, and federal levels, and through the study of the documents cited during the interviews, we develop a genealogical text that seeks to retell the history of drug policy in Brazil, guided by the events emphasized by the interlocutors.