Representações sociais e crenças normativas sobre envelhecimento
Social representations and normative beliefs of aging

Ciênc. Saúde Colet. (Impr.); 20 (12), 2015
Publication year: 2015

Resumo Este estudo adotou a Teoria das Representações Sociais como referencial teórico, com o objetivo de caracterizar aproximações e distanciamentos de representações sociais e crenças normativas do envelhecimento para diferentes grupos etários. Os 638 participantes responderam um questionário autoaplicado e foram divididos paritariamente (sexo e idade). Os resultados demonstram que o envelhecimento se caracteriza por estereótipos positivos, além disso, a aposentadoria se vincula ao envelhecimento, mas de forma negativa, especialmente para homens, envolvendo adoecimento, solidão e incapacidade. Ao considerar a idade, verificamos que as conexões de elementos representacionais se tornam mais complexas para grupos de mais idade, mostrando funcionalidade da representação social, sobretudo para idosos. A fase adulta parece ser preferida e a velhice preterida. Houve divergências quanto ao início das fases da vida, notadamente em relação à velhice. O trabalho foi caracterizado como o oposto do envelhecimento, revelando a necessidade de ações voltadas para trabalhadores mais velhos e aposentados, com projetos pós-aposentadoria, além do necessário investimento em políticas públicas que incentivem contato intergeracional, na intenção de diminuir preconceitos e discriminação com base na idade das pessoas.
Abstract This study adopted the theory of social representations as a theoretical framework in order to characterize similarities and differences in social representations and normative beliefs of aging for different age groups. The 638 participants responded to self-administered questionnaire and were equally distributed by sex and age. The results show that aging is characterized by positive stereotypes (knowledge and experience); however, retirement is linked to aging, but in a negative way, particularly for men, involving illness, loneliness and disability. When age was considered, it was verified that the connections with the representational elements became more complex for older groups, showing social representation functionality, largely for the elderly. Adulthood seems to be preferred and old age is disliked. There were divergences related to the perception of the beginning of life phases, especially that of old age. Work was characterized as the opposite of aging, and it revealed the need for actions intended for the elderly and retired workers, with post-retirement projects. In addition, it suggests investment in public policies that encourage intergenerational contact, with efforts to reduce intolerance and discrimination based on age of people.

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