A perspectiva dos profissionais da Atenção Primária à Saúde sobre o apoio matricial em saúde mental
The perspective of professionals in primary health care on matrix support in mental health

Ciênc. Saúde Colet. (Impr.); 20 (2), 2015
Publication year: 2015

A pesquisa investiga o apoio matricial em saúde mental na Atenção Primária à Saúde com vista à identificação de diretrizes, princípios profissionais e valores que permeiam o processo. O estudo teve uma abordagem qualitativa, com triangulação de técnicas, e foi realizado com profissionais da Estratégia Saúde da Família. Os resultados denotam um processo de trabalho sustentado por relações personalizadas, pautado pela ampliação da clínica, mediado por princípios como a interdisciplinaridade, o vínculo, a integralidade, a acessibilidade, a corresponsabilização e longitudinalidade. Os valores que sustentam a relação com o especialista organizam-se em torno do vínculo, da confiança e da honestidade. As dificuldades de encaminhamento ao Centro de Atenção Psicossocial aparecem como barreiras à articulação em rede. O vínculo com o especialista, a estrutura das equipes de Saúde da Família e a troca de experiências e saberes são identificados como fatores facilitadores. Conclui-se que a articulação em rede e o suporte sistemático e longitudinal de especialistas são fundamentais para a descentralização em saúde mental.
The research investigates the matrix support in mental health in Primary Health Care in order to identify the guidelines, professional principles and values that permeate the process. The study used a qualitative approach with triangulation of techniques, and was performed with professionals from the Family Health Strategy. The results reveal a work process which is based on personalized relations, guided by the broadening of clinical practice and mediated by principles, such as inter-disciplinarity, bonding, comprehensiveness, accessibility, co-responsibilization and longitudinality. The values that underpin the relationship with the specialist are organized around the bond, trust and honesty. Difficulties in taking patients to Psychosocial Care Centers arise as obstacles to networking. The bond with the specialist, the structure of Family Health teams and the exchange of experiences and knowledge are identified as facilitating factors. The conclusions drawn are that the networking and the systematic and longitudinal support by specialists are key to decentralization in mental health.

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