Unawareness of hypertension and its determinants among 'quilombolas' (inhabitants of 'quilombos' - hinterland settlements founded by people of African origin) living in Southwest Bahia, Brazil
Desconhecimento da hipertensão arterial e seus determinantes em quilombolas do sudoeste da Bahia, Brasil

Ciênc. Saúde Colet. (Impr.); 20 (3), 2015
Publication year: 2015

This study sought to evaluate the prevalence of unawareness of arterial hypertension (AH) and associated factors among the quilombola population and to describe aspects of the non-pharmacological management of AH. It involved a cross-sectional study with a sample of 358 people with AH aged 18 years or more. AH was considered systolic blood pressure (BP) ≥ 140 mmHg and/or diastolic blood pressure ≥ 90 mmHg and/or reported use of antihypertensive drugs. Unawareness of AH was classified as persons answering negatively when asked if they suffered from AH. Poisson regression was then used. The prevalence of unawareness of AH was 44.1% (95% CI: 38.9-49.3). Among those who already knew the diagnosis and had drug treatment only 24.8% had controlled BP. The unawareness of AH was positively associated with the male sex and Stage 1 of AH and negatively with increasing age, overweight, negative self-perception of health and medical visits. For non-pharmacological management, low percentages of quilombola reported appropriate standard recommendations of care. Arterial hypertension is a serious public health issue among the quilombola population, revealing great vulnerability in health due to poor levels of awareness, treatment and control.
Objetivou-se avaliar a prevalência de desconhecimento da hipertensão arterial (HA) e fatores associados em quilombolas e descrever aspectos do manejo não farmacológico da HA. Estudo transversal com amostra de 358 indivíduos hipertensos com 18 anos ou mais, definida como aqueles com pressão arterial (PA) sistólica ≥ 140mmHg e/ou pressão arterial diastólica ≥ 90 mmHg e/ou relataram uso de medicamentos anti-hipertensivos. Foram classificados com desconhecimento da HA aqueles que responderam negativamente a pergunta sobre conhecer o diagnóstico de HA. Empregou-se regressão de Poisson. A prevalência de desconhecimento da HA foi de 44,1% (IC95%: 38,9-49,3). Entre os que já sabiam do diagnóstico e estavam em tratamento medicamentoso apenas 24,8% tinha a PA controlada. O desconhecimento da HA associou-se positivamente com sexo masculino e estágio 1 da HA e, negativamente, com maior faixa etária, sobrepeso, autopercepção negativa da saúde e realização de consulta médica. Para o manejo não farmacológico foi observado baixos percentuais de solicitação de exames e seguimento das recomendações adequadas. A HA destaca-se como um problema de saúde pública nesta população, descortinando grande vulnerabilidade em saúde devido aos níveis insatisfatórios de conhecimento, tratamento e controle.

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