Vulnerabilidade associada às infecções sexualmente transmissíveis em pessoas com deficiência física
Vulnerability associated with sexually transmitted infections in physically disabled people

Ciênc. Saúde Colet. (Impr.); 21 (10), 2016
Publication year: 2016

Resumo O objetivo deste artigo é analisar as condições que potencializam as dimensões de vulnerabilidade individual, social e programática associadas às infecções sexualmente transmissíveis em pessoas com deficiência física. Estudo transversal, com abordagem quantitativa, realizado em 2015, em uma associação para pessoas com deficiência de Campina Grande/PB, Brasil. Participaram 98 sujeitos que responderam um formulário sobre as dimensões de vulnerabilidade para infecções sexualmente transmissíveis. Realizaram-se os testes de Qui-quadrado, Fisher, Coeficiente de contingência e razão de prevalência. Verificou-se associação entre a ocorrência de infecções sexualmente transmissíveis com o número de parceiros (p = 0,020), acreditar em poucos parceiros como prevenção (p = 0,044), acreditar na má higiene como fator de risco, idade (p = 0,007), tipo de deficiência (p = 0,007) e realização de consulta com urologista (p = 0,030). As pessoas com deficiência física possuem condições que potencializam a vulnerabilidade para infecções sexualmente transmissíveis, atrelada às dimensões individual, social e programática. Por meio da caracterização das condições de vulnerabilidade é possível traçar uma prevenção específica atrelada a suas realidades individual, social e de saúde.
Abstract Objective to analyze the conditions that enhance the dimensions of individual, social and programmatic vulnerability associated with sexually transmitted infections in physically disabled people. Methods this transversal study, with a quantitative approach, was conducted in 2015 in conjunction with an association for disabled people in Campina Grande, PB, Brazil. Ninety-eight individuals participated in the study and answered a questionnaire regarding the dimensions of vulnerability in relation to sexually transmitted infections. The chi-square test, Fisher’s test, contingency coefficient test and prevalence ratio test were all performed. Results an association was identified between the occurrence of sexually transmitted infections with the number of partners (p = 0.020); the belief that having few partners was a form of prevention (p = 0.044); the belief that poor hygiene was a risk factor; age (p = 0.007); the type of disability (p = 0.007); and having a consultation with a urologist (p = 0.030). Conclusion physically disabled people have conditions that enhance their vulnerability to sexually transmitted infections, which are linked to individual, social and programmatic dimensions. By characterizing the conditions of vulnerability it is possible to devise specific prevention linked to the reality of the social and health conditions of individuals.

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