Dependência para a realização de atividades relacionadas à alimentação em idosos
Dependence for food-related activities in the elderly

Ciênc. Saúde Colet. (Impr.); 21 (4), 2016
Publication year: 2016

Resumo O estudo objetivou descrever a dependência relacionada às atividades de compra, preparo e ingestão de alimentos em idosos residentes na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul. Análise bivariada e regressão logística ordinal avaliaram a relação entre as três dependências e as exposições estudadas. Dentre os 1.451 idosos estudados, 21,1% precisavam de ajuda para alguma atividade e o cuidado foi principalmente realizado por filhos e cônjuges. A maior prevalência foi encontrada na atividade de comprar alimentos (20,7%), seguida por preparar a refeição (11,5%) e alimentar-se (2,0%). Idosos com 80 anos ou mais apresentaram mais chance de estar em uma categoria de maior dependência em relação aos de 60 a 69 anos, atingindo um odds de 5,0 para homens e 7,1 para mulheres. Para os que consideravam sua saúde regular, ruim ou muito ruim, a chance foi em torno de 2,3 vezes maior, sendo similar entre os sexos. As mulheres sem companheiro apresentaram 1,7 vezes mais chance e as com maior escolaridade apresentaram 70,0% de proteção em relação às suas categorias de referência; homens mais pobres apresentaram 5,3 vezes mais chance em comparação aos mais ricos. Os resultados apontam os subgrupos mais vulneráveis para apresentarem dependências e a importância do familiar cuidador.
Abstract The objective of this study was to describe dependence for the activities of food shopping, preparing meals and eating in elderly residents from the city of Pelotas, Rio Grande do Sul. Bivariate analysis and ordinal logistic regression were employed to assess the three dependencies and exposure variables studied. Of the 1,451 older adults assessed, 21.1% required assistance for some activities where this care was given predominantly by son/daughter and partners. The highest prevalence of dependence was for food shopping (20.7%), followed by preparing meals (11.5%) and eating (2.0%). Elderly aged 80 years or older were more likely to be in a greater dependence category than individuals aged 60-69 years, with odds ratios of 5.0 for men and 7.1 for women. The odds ratio in individuals who self-rated their health as regular, poor or very poor was approximately 2.3 times greater, proving similar for both genders. Women with no partner had a 1.7 times greater chance of dependence whilst individuals with greater educational level exhibited 70.0% protection for their reference category; men with lower socioeconomic level had a 5.3 times greater chance of dependence than individuals with higher socioeconomic level. These results highlight the most vulnerable subgroups for dependencies and the importance of a family caregiver.

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