A Estratégia de Saúde da Família, a atenção primária e o desafio das metrópoles brasileiras
The Family Health Strategy: primary health care and the challenge of Brazilian metropolises
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.); 21 (5), 2016
Publication year: 2016
Resumo O artigo tem por objetivo analisar o desenvolvimento da atenção primária à saúde (APS) no Sistema Único de Saúde (SUS) nas metrópoles brasileiras. A opção pela APS constituiu uma reforma incremental do sistema de saúde por meio da Estratégia de Saúde da Família. O desenho metodológico do artigo tem como base dados de corte transversal agrupados em dois pontos do tempo (2008 e 2012) para avaliar o desenvolvimento da APS nas metrópoles. O artigo demonstra que o financiamento do setor saúde foi expandido em todas as cidades brasileiras, independente do porte populacional desde 2000. O crescimento das despesas municipais com ações e serviços públicos de saúde elucida o elevado nível de provisão de equipes de saúde da família observado nas pequenas cidades no começo da década de 2000. A análise da provisão mostra também que a oferta de equipes de saúde da família permaneceu relativamente estável no período analisado na maioria municípios de médio e grande porte populacional e nas metrópoles. O desenvolvimento da atenção primária no período estudado revela que o risco da excessiva oferta de serviços de saúde associada à denominada municipalização autárquica não ocorreu. As grandes cidades e as metrópoles realizaram um esforço importante, porém desigual, de expansão da AP.
Abstract This article analyzes the development of primary care (PHC) within the Unified Health System (SUS) in large Brazilian cities. The decision to adopt a policy of PHC represented an incremental reform of the health system through the Family Health Strategy (FHS). The methodological approach of the article uses cross-sectional data grouped around two years (2008 and 2012) to evaluate the development of PHC in the cities. The article demonstrates that the funding of the health sector expanded in all Brazilian cities, regardless of population size, in the early 2000s. The growth of municipal health expenditure in terms of public health actions and services helps to explain the high level of provision of family health teams that was observed mainly in small cities in the early 2000s. The analysis of health provision also shows that the provision of family health teams remained relatively stable during the period that was analyzed in most municipalities of medium and large population size, and also in the metropolises. The development of PHC during the studied period reveals that the risk of the over-supply of health services associated with the decentralization of the health sector did not occur in Brazil. The large cities and metropolises underwent a significant, but unequal, expansion of PHC.
Brasil, Ciudades, Estudios Transversales, Atención a la Salud/economía, Atención a la Salud/organización & administración, Salud de la Familia, Reforma de la Atención de Salud, Gastos en Salud, Política de Salud, Grupo de Atención al Paciente/organización & administración, Atención Primaria de Salud/economía, Atención Primaria de Salud/organización & administración