Contribuições e desafios da Estratégia Saúde da Família na Atenção Primária à Saúde no Brasil: revisão da literatura
The benefits and challenges of the Family Health Strategy in Brazilian Primary Health care: a literature review

Ciênc. Saúde Colet. (Impr.); 21 (5), 2016
Publication year: 2016

Resumo O estudo analisou as contribuições e os desafios da Estratégia Saúde da Família no desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde do Brasil.

Foi realizada revisão de literatura e análise de artigos segundo as dimensões:

político-institucional, organizativa e técnico-assistencial. Na primeira dimensão, destacaram-se contribuições para a expansão dos cuidados primários, institucionalização da avaliação e promoção da equidade; e desafios relacionados ao financiamento, formação/educação/gestão de pessoal e à intersetorialidade. Verificou-se ampliação da oferta de serviços, contato por ações programáticas e favorecimento da integralidade da atenção na dimensão organizativa; e desafios ligados ao acesso, porta de entrada, integração à rede de serviços, planejamento e participação social. Na dimensão técnico-assistencial observaram-se benefícios para o trabalho multidisciplinar, enfoque familiar, acolhimento, vínculo, humanização, orientação comunitária, produção do cuidado e desempenho. Os desafios para seu aprimoramento estão condicionados a fatores complexos e exigem maior esforço político-institucional.
Abstract The aim of this study was to analyze what contributions the Family Health Strategy has made towards the development of primary healthcare in Brazil, and what challenges it faces.

A literature review was conducted and articles were analyzed from three dimensions:

political/institutional, organizational, and technical/healthcare. In the first dimension, the Family Health Strategy was found to have helped expand primary healthcare, the institutionalization of evaluations, and the promotion of equity. The main challenges identified were funding, the training, education, and management of personnel, and cross-sectoral action. In terms of organization, the benefits include a broader supply of services, access to health services through organized initiatives for specific diseases or age groups, and more comprehensive healthcare. The challenges involve access, the entry point, integration with the healthcare network, planning, and social participation. As for technical/healthcare considerations, the main benefits identified were the fostering of multidisciplinary working practices, family focus, reception, rapport, humanization, community orientation, production of care, and performance. The challenges for its improvement are associated with complex factors and require greater political/institutional effort.

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