Efeito do movimento passivo contínuo isocinético na hemiplegia espástica
Effect of isokinetic continuous passive mobilization in spastic hemiplegia
Acta fisiátrica; 14 (3), 2007
Publication year: 2007
O Acidente Vascular Encefálico (AVE), afeta freqüentemente a função do Sistema Nervoso Central (SNC). O objetivo principal da reabilitação física é a restauração da função motora para executar as atividades de vida diária tais como, agarrar, alcançar e realizar movimentos complexos. As funções motoras são dependentes do controle da força muscular que se torna comprometida com os danos do Sistema Nervoso Central e se manifesta com incoordenação, hiperreflexia, espasticidade e fraqueza muscular unilateral. Existem vários métodos para quantificar a espasticidade. Atualmente o dinamômetro isocinético demonstra ser um equipamento mais eficaz, pois favorece a padronização da angulação, velocidade de estiramento e posicionamento, podendo minimizar a subjetividade da avaliação. Desde modo, o objetivo desse trabalho foi analisar o efeito da mobilização passiva continua em duas velocidades (120º/s e 180º/s) em pacientes hemiplégicos com hipertonia espástica. Cinco pacientes entre 40 ? 55 anos de ambos os sexos com história de AVE apresentando espasticidade, foram submetidos a mobilização passiva contínua por um dinamômetro isocinético por 30 repetições, em velocidades de 120º/s e 180º/s. Todos apresentaram grau 2 de espasticidade dos músculos extensores do joelho e graus 0, 1 e 1+ dos músculos flexores pela escala modificada de Ashworth. Os resultados mostraram uma redução significativa da resistência passiva a partir da 6ª repetição em ambas as velocidades angulares. Concluiu-se que o movimento passivo continuo realizado no dinamômetro isocinético é uma maneira eficaz para medir e reduzir a espasticidade.
Cerebrovascular Accidents (CVA) often affect the central nervous system (CNS) function. The primary concern addressed in physical rehabilitation is the restoration of the motor function required to perform activities of daily living (ADL), such as grasping, reaching and performing complex movements. Motor tasks depend on the control of muscular strength, which is compromised by damage to the CNS and manifests as impaired coordination, hyperreflexia or spasticity and unilateral muscular weakness. Several methods are used to quantify spasticity. The isokinetic dynamometer seems to be a more effective device, as it allows for the standardization of joint angles, speed of stretching and positioning, in addition to minimizing the subjectivity of the evaluation. Therefore, our objective was to analyze the effect of the continuous passive mobilization at two speeds (120º/s and 180º/s) in hemiplegic patients with spasticity. Five patients of both sexes between 40 - 55 years old with a history of CVA and accompanying spasticity were enrolled in the study. All patients presented grade 2 spastic extensor muscles of the knee joint at the Modified Scale of Ashworth and grades 0, 1 and 1+ flexor muscles at the same scale. All the individuals were submitted to continuous passive mobilization by an isokinetic dynamometer at speeds of 120º/second and 180º/second with 30 repetitions of each. The results showed a significant reduction of passive resistance after the 6th repetition, regardless of the angular velocities. We concluded that continuous passive mobilization by an isokinetic dynamometer is an effective way to quickly measure and reduce spasticity.