Efeito da dominância lateral no desempenho da destreza manual em pessoas com síndrome de Down
Effect of lateral dominance on manual dexterity in people with Down syndrome

Acta fisiátrica; 19 (1), 2012
Publication year: 2012

Objetivos:

Avaliar o efeito da dominância lateral na destreza manual em um grupo de crianças e adolescentes com Síndrome de Down (SD) e comparar o resultado de participantes com SD com pessoas sem a síndrome.

Métodos:

Participaram do estudo 100 crianças e adolescentes de ambos os sexos e idade variando de 7 a 9 anos e de 14 e 15 anos. 50 pessoas tinham diagnóstico de SD (GSD) e 50 sem a síndrome (GC). O Teste Caixa e Blocos (TCB) foi usado por possibilitar avaliação da atividade motora a partir da contagem do número de blocos transferidos entre duas divisões de uma caixa padronizada. O TCB é simples e sua aplicação não demanda habilidades cognitivas complexas.

Resultados:

O número de blocos transferidos por minuto foi menor nos participantes do GSD do que os do GC, com evidente desvantagem na destreza manual para ambas as mãos. Não foi observado efeito de dominância no GSD, mas no GC este efeito foi observado com melhor desempenho no lado dominante.

Conclusões:

O TCB foi útil para a quantificação da destreza manual em pessoas com SD já que é de fácil aplicação e compreensão por pessoas com déficit cognitivo.

Objective:

To evaluate the effect of lateral dominance on manual dexterity in a group of children and adolescents with Down syndrome (DS) and to compare the results from participants with DS with people without the syndrome.

Method:

The study included 100 children and adolescents of both sexes with ages ranging from 7 to 9 years and 14 to 15 years. 50 people were diagnosed with DS (GDS) and 50 without the syndrome (GC). The Box and Blocks Test (BBT) was used because it allows assessment of motor activity by counting the number of blocks transferred between two divisions of a standard box. The BBT implementation is simple and does not require complex cognitive skills.

Results:

The number of blocks transferred per minute was lower in participants of GDS than the GC, with a clear disadvantage for manual dexterity in both hands. There was no effect of dominance in the GDS, but the GC showed better performance on the dominant side.

Conclusion:

The BBT was useful for the quantification of manual dexterity in people with DS as it is easy to apply and understand by people with cognitive impairment.

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