Estimulação elétrica funcional na recuperação do membro superior de hemiparéticos após acidente vascular encefálico
Functional electrical stimulation in upper extremity recovery of hemiparetic patients after stroke

Acta fisiátrica; 19 (4), 2012
Publication year: 2012

A reabilitação do membro superior de pacientes hemiparéticos por Acidente Vascular Encefálico (AVE) é um grande desafio. Dentre os recursos terapêuticos utilizados, a Estimulação Elétrica Funcional (EEF) tem sido um recurso bastante explorado nos programas de tratamento desses pacientes.

Objetivo:

Avaliar os efeitos da EEF nos extensores de punho e dedos numa tarefa especifica (TE).

Método:

Foi realizado um estudo pré-experimental (pré e pós-testes) com oito pacientes crônicos com idade média de 63,4±6,1 anos. Os parâmetros de avaliação foram a motricidade da mão através da Escala de Movimentos da Mão (EMM), a força de preensão pela Dinamometria (Din), a destreza do membro superior pelos testes de Caixa e Blocos (CB) e dos 9 Pinos e Buracos (9PB), a espasticidade pela Escala de Ashworth Modificada (EAM) e a independência funcional pelo Índice de Barthel (IB). A TE era realizar o movimento de alcance e preensão de garrafas plásticas de diferentes tamanhos com o membro superior afetado em diferentes combinações de posições, num total máximo de 54 repetições por sessão. A EEF era usada para auxiliar a mão para pegar e soltar o objeto durante a TE. Foram realizadas em média 20 sessões com frequência de 2 x/semana.

Resultados:

Demonstraram melhora em todos os parâmetros avaliados, a diferença foi estatisticamente significativa nos testes, exceto para a Din.

Conclusão:

No grupo estudado, a EEF na TE proposta resultou em melhora o desempenho na função do membro superior dos pacientes submetidos ao tratamento.
The rehabilitation of the upper limb of hemiparetic patients by Stroke is a major challenge. Among the various therapeutic resources used, functional electrical stimulation (FES) has been a popular avenue explored in treatment programs for these patients.

Objective:

To evaluate the effects of FES on wrist and finger extensors in a specific task (ST).

Methods:

We conducted a pre-experimental study (pre and post-tests) with eight chronic patients with a mean age of 63.4 years (±6.1). The evaluation parameters were for manual mobility by the Hand Movement Scale (EMM), grip strength by dynamometry (Din), dexterity of the upper limb by the Box and Blocks test (CB) and the 9-Pin and Holes test (9PB), spasticity by the Modified Ashworth Scale (MAS), and functional independence by the Barthel Index (BI). The ST chosen was performing the movement of reaching and grasping plastic bottles of different sizes with the affected upper limb in different combinations of positions for a total maximum of 54 repetitions per session. FES was used to assist the hand in grabbing and holding the object during the ST. There was a mean of 20 sessions with attendance twice a week.

Results:

The results showed improvement in all parameters, the difference was statistically significant in all the tests, except for Din.

Conclusion:

In this sample, FES in the proposed ST resulted in improved performance in the upper limb function of patients undergoing treatment.

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