Retorno ao trabalho de pacientes com amputação traumática de membros inferiores
Return to work in traumatic lower limb amputees patients

Acta fisiátrica; 20 (4), 2013
Publication year: 2013

O paciente com amputação traumática é, em geral, aquele com pouca ou nenhuma comorbidade e está no auge da vida produtiva. Mesmo em condições de reabilitação adequada, diversos autores têm citado dificuldade no processo de retorno à atividade laborativa, e a sua relação com outros determinantes além da aptidão física.

Objetivo:

Avaliamos o índice de retorno ao trabalho após reabilitação de pacientes atendidos no Lar Escolar São Francisco de Jan/2007 a Dez/2010 com amputação traumática de membros inferiores.

Método:

Foram pesquisados os fatores sociais e econômicos possivelmente relacionados a esse desfecho. A amostra final foi de 13 pacientes, todos com amputação unilateral, com uso regular da prótese. Dois eram do sexo feminino. Nove (69%) retornaram ao trabalho. Outras seqüelas consideráveis estavam presentes em 23% dos pacientes - lesão de plexo braquial e dor fantasma - e se mostrou o fator isolado mais importante para o não retorno ao trabalho.

Resultados:

Não encontramos relação importante entre retorno ao trabalho e fatores como recebimento de benefício previdenciário, idade ou amputação por acidente de trabalho.

Conclusão:

Há dados ainda inconclusivos que justificam a realização de novos estudos sobre a relação independente entre os diversos fatores mencionados e o retorno ao trabalho de pacientes amputados.
Generally, traumatic amputee patients have little or no comorbidities, and they are at the apogee of productive life. Even in good rehabilitation program conditions, the literature points to difficulties in the return-to-work process, and its relationship with other determinants besides physical aptitude.

Objective:

We studied the rate of return-to-work after the rehabilitation process at Lar Escola São Francisco between January of 2007 and December of 2010 of patients that had undergone traumatic lower limb amputation.

Method:

Social and economic factors were studied that might have been related to returning to work. The final sample was 13 patients; all of them were unilateral amputees, who used prostheses regularly. Two of them were female. Nine of them (69%) returned to work. In 23% of the cases, other important sequelae were present - brachial plexus injuries and phantom pain - which appeared as the most important single factor for not returning to work.

Results:

We found no important relationship between returning to work and other factors such as paid benefits, age, or amputation due to work accident.

Conclusion:

The data is still inconclusive, which calls for more studies on the independent relationship between the various factors mentioned and amputee patients returning to work.

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