Análise dos índices de reabilitação para o trabalho nos pacientes amputados na região sul de Santa Catarina no ano de 2011
Analysis of indices for rehabilitation work in amputees in the southern region of Santa Catarina of the year 2011

Acta fisiátrica; 20 (4), 2013
Publication year: 2013

As amputações geram um importante impacto socioeconômico, com perda da capacidade laboral, de socialização e, consequentemente, da qualidade de vida, associando-se à alta morbidade, incapacidade e mortalidade. Dentre as suas etiologias, as secundárias ao trauma representam uma importante fonte de incapacidade e limitação funcional entre adolescentes e adultos jovens. Os objetivos finais da amputação costumam ser a otimização funcional do paciente e a redução do nível de morbidade. Neste momento, o retorno ao trabalho precisa ser francamente incentivado, pois proporciona bem estar, melhora da autoestima e do convívio social, além de dar mais um sentido a vida destes indivíduos.

Objetivo:

Conhecer o índice de reabilitação para o trabalho nos pacientes amputados acompanhados pelo Instituto Nacional de Seguro Social na Região Sul de Santa Catarina, no ano de 2011, avaliando o índice de retorno ao mercado de trabalho, além de verificar o acesso às próteses disponibilizadas pelo INSS, as principais etiologias das amputações, o sexo e a faixa etária mais comuns.

Método:

Este estudo foi realizado através da análise dos dados obtidos por prontuários do INSS - Unidade de Criciúma (SC), de pacientes atendidos neste local no ano de 2011.

Resultados:

A amostra foi composta por 83 cadastros, 74 homens e 9 mulheres, com média de idade de 37,27 anos. Nos prontuários disponíveis, 87,3% apresentavam trauma como etiologia da amputação, 54,3% retiraram o membro esquerdo e 90,4% os membros inferiores. Sessenta pacientes (72,3%) receberam a prótese, porém somente 62,7% adaptaram-se a ela e usaram-na. Treze prontuários (15,7%) relatavam dor fantasma. O retorno ao trabalho foi visualizado em 78% dos casos. Não houve relevância estatística na análise da reinserção trabalhista de acordo com cada variável estudada.

Conclusão:

Encontramos uma taxa satisfatória de retorno ao trabalho, ato que pode ser atribuído à eficácia do Serviço de Reabilitação do INSS. Outros estudos podem ser realizados para avaliarem o tempo entre a cirurgia e o recebimento da prótese e para analisarem o retorno à atividade profissional anterior ao procedimento. Maiores amostras são necessárias para inferir quais as variáveis mais envolvidas ao retorno ao trabalho.
Amputations generate a significant socioeconomic impact, with loss of work capacity, socialization and, consequently, the quality of life, associating with significant morbidity, disability and mortality. Among its causes, the trauma is a significant source of disability and functional limitation among adolescents and young adults. The ultimate goals of amputation are patient?s functional optimization and to reduce the level of morbidity. At this time, return to work needs to be frankly encouraged as it provides well-being, improves self-esteem and social life, and give more meaning to these individuals.

Objective:

To determine the rate of rehabilitation for work in amputees accompanied by National Institute of Social Security in the South of Santa Catarina, in 2011, assessing the rate of return to the labor market, and verify access prostheses provided by the INSS, the main causes of amputations, sex and age group most common.

Method:

This study was conducted by analyzing data obtained by the INSS records of Unit Criciúma (SC) of patients seen at place in 2011.

Results:

The sample was composed of 83 entries, 74 men and 9 women, with a mean age of 37.27 years. In the records available, 87.3% was traumatic amputees, 54.3% withdrew the left limb and 90.4% lower limbs. Sixty patients (72.3%) received the prosthesis, but only 62.7% have adapted and used it. Thirteen records (15.7%) reported phantom pain. The return to work was seen in 78% of cases. There was no statistical significance in the analysis of the return to work according to each variable.

Conclusion:

We found a fair rate of return to work, which can be attributed to the effectiveness of INSS?s Rehabilitation Service. Other studies may be performed to assess the time between surgery and receiving the prosthesis and to consider returning to last work before the procedure. Larger samples are needed to infer which variables are most involved to return to work.

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