Redução da força muscular respiratória em indivíduos com artrite reumatoide
Reduction of respiratory muscle strength in subjects with rheumatoid arthritis

Acta fisiátrica; 21 (4), 2014
Publication year: 2014

Objetivo:

Avaliar a força muscular respiratória de pacientes com Artrite Reumatoide (AR) em comparação a indivíduos saudáveis e correlacionar com o nível de atividade da doença (DAS-28) e índice de massa corporal (IMC).

Método:

Estudo transversal onde foram avaliadas 18 mulheres, com média de idade de 57,94 anos, sendo 8 com AR (Grupo AR) e 10 saudáveis (Grupo Controle), pareadas por idade.

Todas foram submetidas às seguintes avaliações:

ficha cadastral -dados de identificação e clínicos; exame físico -massa corporal, estatura e IMC; DAS-28; dosagem de proteína C-reativa (PCR) e determinação dos valores de Pressão Inspiratória Máxima (PImáx) e Pressão Expiratória Máxima (PEmáx), por meio de um manovacuômetro. Foi adotado o nível de significância de 5%.

Resultados:

Houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos AR e Controle em relação à PImáx (-46,25 ± 17,67 cmH2O vs. -81,00 ± 19,69 cmH2O; p < 0,01) e PEmáx (58,75 ± 17,26 cmH2O vs. 78,00 ± 6,32 cmH2O; p < 0,01). Também verificou-se diferença entre o grupo AR e valores preditos para a idade em relação à PImáx (-46,25 ± 17,67 cmH2O vs. -81,06 ± 4,11 cmH2O; p < 0,01) e PEmáx (58,75 ± 17,26 cmH2O vs. 78,92 ± 5,33 cmH2O; p < 0,01). Adicionalmente, foi encontrada correlação significativa entre a PEmáx e IMC (p = 0,03). Não houve correlação significativa entre as variáveis PImáx - PCR, DAS-28 e IMC, e entre PEmáx - DAS e PCR.

Conclusão:

Esses dados reforçam o caráter sistêmico da AR e levantam a necessidade de uma avaliação global do paciente, que não foque apenas no componente articular, mas verifique também a força dos músculos respiratórios desses indivíduos, para determinação de estratégias terapêuticas mais específicas e adequadas.

Objective:

To evaluate the respiratory muscle strength in patients with rheumatoid arthritis (RA) compared to healthy subjects and to correlate it with the level of disease activity (DAS- 28) and body mass index (BMI).

Method:

A cross-sectional study evaluated 18 women (57.94 ± 10.36 years); eight had RA (RA group) and ten were healthy subjects (control group), matched by age.

All patients underwent the following evaluations:

registration form (identification and clinical data), physical examination (weight, height, and BMI), DAS-28, dosage of C-reactive protein (CRP), and measurement of MIP and MEP with a manometer.

Results:

There were significant differences between the RA and control groups in relation to the MIP (-46.25 ± 17.67 vs. cmH2O -81.00 ± 19.69 cm H2O) and MEP (58.75 cmH2O ± 17.26 vs. 78.00 ± 6.32 cmH2O). Also there was difference between RA group and predicted age values in relation to the MIP (-46.25 ± 17.67 vs. -81.06 ± 4.11 cmH2O) and MEP (58.75 cmH2O ± 17.26 vs. 78.92 ± 5.33 cmH2O). Moreover, a significant correlation was observed between MEP and BMI. There was no significant correlation between MIP - CRP, DAS- 28 and BMI, and between MEP - DAS and CRP.

Conclusion:

This data reinforces the systemic nature of RA and points out the need for a comprehensive assessment of the patient, not just focusing on the articular component, but also checking the strength of the respiratory muscles of these individuals to determine more specific therapeutic strategies of treatment.

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