DST j. bras. doenças sex. transm; 18 (1), 2006
Publication year: 2006
Introdução:
desde 1995 o papilomavírus tem sido associado ao desenvolvimento de neoplasia cervical. No mundo todo, aproximadamente 37 mil mortes aconteceram devido a este agravo, sendo o vírus prevalente em 99,7% das mulheres. Colômbia, Argentina e Jamaica são os países da América Latina e do Caribe com maior prevalência. Objetivo:
descrever a produção científica, dos países da América Latina e do Caribe, que tratam da associação do papilomavírus e de neoplasia cervical no intuito de identificar as lacunas do conhecimento nesta produção. Métodos:
fez-se uma revisão bibliográfica de 1995 a 2005, no banco de dados LILACS, utilizando os descritores Neoplasia do Colo Uterino, Papilomavírus e Infecções por Papilomavírus. Os resumos foram analisados e organizados segundo o ano e o idioma de publicação, o país de origem dos autores e o(s) objetivo(s) do estudo. Resultados:
analisaram-se 22 resumos; a maior produção foi nos últimos 4 anos; Brasil, México, Cuba e Chile foram os países que mais indexaram artigos, respectivamente. O idioma inglês foi mais prevalente. Os estudos abordaram principalmente os aspectos epidemiológicos e clínicos da associação em estudo. Identificaram-se a necessidade de produção científica que faça uma análise da situação com enfoque de gênero, a vulnerabilidade, a inserção social e as técnicas para a apropriação do conhecimento fornecido sobre a prevenção do papilomavírus e neoplasia cervical, para que a mulher possa exercer maior autonomia sobre sua saúde. Conclusão:
a despeito da produção científica que tem subsidiado os Programas Preventivos de Neoplasia Cervical não se têm alcançado o impacto esperado. Mesmo com a produção de vacina contra o papilomavírus é necessário que se desenvolvam novos estudos que busquem maior autonomia da mulher. Indica-se a necessidade de intensificar a produção científica no sentidode desenvolver teorias e métodos que esclareçam a relação entre a produção da doença nas mulheres e as formas concretas de intervenção.
Introduction:
since 1995 papillomavirus has been associated with cancer of the cervix. In the world, approximately 37 thousand deaths have beenreported due to cancer of the cervix, with papillomavirus being prevalent in 99.7% of these women. Colombia, Argentina and Jamaica are countriesof Latin America and the Caribbean with the highest prevalence. Objectives:
to describe the scientific production of Latin American and Caribbean countries that describes the association between papillomavirus and cervical cancer in order to identify the gaps of knowledge in this scientific production. Methods:
a review of the literature was conducted from 1995 to 2005 in the LILACS database using the following key words: Cervix Neoplasia, Papillomavirus and Papillomavirus Infections. The abstracts were analyzed and organized by year of publication, authors´ country, publication language and subject. Results:
a total of 22 abstracts were analyzed; most of the scientific production was published in the last four years; Brazil, Mexico, Cuba and Chile were the countries with the largest number of publications, and the English language predominated. The studies mainly dealt with the clinical and epidemiological aspects of the association between Papillomavirus and cervical cancer. The author identified the need for scientific production that will analyze the situation with emphasis on gender, vulnerability and social insertion, as well as studies exploring new manners or techniques for the acquisition of the knowledge about the prevention of Human Papillomavirus and cervical cancer, so that women will acquiremore autonomy regarding their own health. Conclusion:
despite the scientific production that has subsidized programs of cervical cancer prevention, the expected impact has not been reached. Even with the production of a vaccine against Papillomavírus, it is necessary to carry out new studies aiming at greater autonomy for women. It is necessary to intensify scientific production in order to develop theories and methods that will clarify the relationship between the development of the illness in women and concrete forms of intervention.