DST j. bras. doenças sex. transm; 21 (2), 2009
Publication year: 2009
Introdução:
o comportamento sexual de risco entre adolescentes pode ter consequências como gravidez indesejada e ocorrência de DST, tornando-se grave problema de saúde pública.Objetivo:
verificar o comportamento sexual e fatores de risco para gravidez e DST entre adolescentes matriculados no ensino médio em escolas do Município de Tubarão (SC). Métodos:
foram estudados adolescentes matriculados em quatro escolas escolhidas por sorteio. Foi utilizado questionário autoaplicável, após a anuência. Utilizou-se teste de qui-quadrado para associação entre as variáveis e teste de t de Student para comparação entre médias. Resultados:
Dos 379 entrevistados, 41,7% estudavam em escolas privadas e 39,6% relataram ter tido relação sexual. A média deidade da sexarca foi de 15 ± 1,54 anos, variando entre 9 e 19 anos. Destes apenas 55,3% faziam uso consistente de preservativo, 46% usaram contracepção de emergência e 90,7% utilizavam contracepção. Houve relato de quatro gestações pregressas, e 44% afi rmaram a ocorrência de sintomas em esfera genital, havendo associação estatística com o não uso de preservativo (p = 0,004). O uso de drogas foi relatado por 42,5% adolescentes. A sexarca e a contracepção de emergência foram estatisticamente significativas em relação ao aluno estudar em escola pública. A prática sexual predominante foi a vaginal (50,7%) e94% tinham comportamento heterossexual. Conclusão:
a ocorrência de gravidez, baixa adesão ao uso de preservativo em todas as relações sexuais, o uso de drogas e histórico de sintomas genitais permitem concluir que os adolescentes apresentaram comportamentos de risco que podem aumentar a incidência de DST, HIV e gravidez indesejada.
Introduction:
the sexual risk behavior among adolescents may have consequences such as unwanted pregnancy and STDs, becoming a serious public health problem. Objective:
to analyze sexual behavior and risk factors for unwanted pregnancy and STDs among adolescents enrolled in secondary education in schools of the municipality of Tubarão, Santa Catarina. Methods:
the sample consisted of adolescents enrolled in four schools chosen through raffl e. A self-administered questionnaire was used after consent. Chi-square test was used to analyze association between variables and Student?s t test for comparison of means. Results:
Out of 379 respondents, 41.7% studied in private schools and 39.6% reported having had sexual intercourse. The mean age at fi rst sexual intercourse was 15±1.54 years, ranging between 9 and 19 years. Of those, only 55.3% reported consistent use of condoms, 46% used emergency contraception and 90.7% used contraceptive methods. There were four reports of past pregnancies, and 44% said they had experienced symptoms in the genital area, which was statistically associated with the lack of condom use (p = 0.004). The use of drugs was reported by 42.5%. Age at fi rst sexual intercourse and emergency contraception were statistically signifi cant in relation to students studying in state schools. Conclusion:
vaginal intercourse was the predominant sexual practice as reported by 50.7% of participants; 94% had heterosexual behavior. The occurrence of pregnancy, poor use of condoms and unprotected sex practices, drug use and history of genital symptoms show that adolescents have risk behaviors which may increase the incidence of STDs, HIV and unplanned pregnancy.