Prevalência da infecção por chlamydia trachomatis em parturientes jovens atendidas em uma maternidade pública
Prevalence of chlamydia trachomatis at pregnants admitted in the public health maternity

DST j. bras. doenças sex. transm; 22 (3), 2010
Publication year: 2010

A bactéria Chlamydia trachomatis (CT) é um dos principais agentes responsáveis por desfechos desfavoráveis em parturientes acometidas por doenças sexualmente transmissíveis no Brasil. Está envolvida com parto prematuro, rotura prematura de membranas, gestação ectópica e aborto recorrente,bem como com conjuntivite e pneumonia no recém-nascido. A prevalência da infecção é variável conforme o método utilizado e a população em estudo.

Objetivo:

estimar a prevalência da infecção por CT em parturientes jovens, entre 18 e 24 anos, admitidas no pronto-atendimento da Maternidade Victor Ferreira do Amaral; caracterizar comportamentos de risco através da avaliação dos dados epidemiológicos; identificar os determinantes de infecção por CT na população estudada.

Métodos:

na etapa do trabalho realizada em Curitiba- PR, os objetivos englobaram a estimativa da prevalência da infecção por CT em parturientes jovens entre 18 e 24 anos admitidas no pronto-atendimento da Maternidade Victor Ferreira no Amaral do Departamento de Tocoginecologia da Universidade Federal do Paraná, que atende população de gestantes de baixo risco, bem como a caracterização do comportamento de risco para a infecção na população estudada. Esse estudo faz parte de uma pesquisa multicêntrica, de âmbito nacional, transversal, cuja coleta de dados foi realizada no período compreendido entre julho de 2009 e janeiro de 2010. Amostras de urina foram coletadas durante a internação e analisadas pelo método de PCR, para identificação da bactéria. Além disso, foi aplicado um questionário abrangendo dados socio demográficos, gineco-obstétricos e de comportamento de riscopara doenças sexualmente transmissíveis.

Resultados:

nos resultados obtidos, das 65 amostras de urina coletadas nesta maternidade, quatro mostraram-se positivas para CT, revelando uma prevalência de 6,15%. Fatores de risco para DST, como a presença de início da atividade sexual precoce, bem como a baixa idade, tiveram relação positiva com a infecção.

Conclusão:

a prevalência da infecção foi inferior à obtida em outras populações de gestantes por métodos que usaram a coleta endocervical; os fatores de risco foram a ausência de parceiro sexual fixo, baixa idade e concomitância com outras DST; apesquisa de CT em gestante é justificável e necessária.
Chlamydia trachomatis (CT) is one of the main agents related with adverse outcomes in pregnant women in Brazil. Is involved in prematurelabor, premature rupture of membranes, ectopic pregnancy and recurrent abortion, as well as conjunctivitis and pneumonia in the newborn. The prevalence of infection varies according to diagnosis method and target population.

Objective:

the goal from this study was to estimate the prevalence of CT infectionin young pregnant women, between 18 and 24 years, admitted in the emergency room of the Maternity Victor Ferreira do Amaral the Obstetric Low Risk Sector from Gynecology and Obstetrics Department; The characterization from risk behaviors by assessing epidemiological data to identify the determinants conditions for CT infection in this population was evaluated.

Methods:

this study is part of a multicenter study, nationwide, cross-sectionaldata collection was performed during the period between July 2009 and January 2010. Urine samples were collected during hospitalization and analyzedby PCR for identification of CT. In addition, a questionnaire was administered covering socio-demographic, obstetric and gynecological risk behavior for sexually transmitted diseases.

Results:

the results obtained from 65 urine samples collected in this interin analysis showed four subjects positives forCT, indicating a prevalence of 6.15%. Risk factors for STDs, such as the presence of early sexual activity and low age from the pregnant was positively associated with the infection.

Conclusion:

the prevalence of infection was 6.15%, lower than those obtained in other populations of pregnant women whoused methods for collecting endocervical. The risk factors found relating with CT were absence of sexual relationship with the same partner, younger age from the pregnant and presence of association with other STDs. The CT screening in pregnant women is justifiable in addition with an evaluation from the risk factors.

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