Risk factors for neurocognitive impairment in HIV-infected patients and comparison of different screening tools
Fatores de risco para alterações neurocognitvas em pacientes infectados pelo HIV e comparação de diferentes ferramentas de triagem

Dement. neuropsychol; 10 (1), 2016
Publication year: 2016

HIV-associated neurocognitive disorder (HAND) is relatively frequent among HIV-infected patients and is often underdiagnosed. Assessment of HAND in daily clinical practice is challenging and different tools have been proposed.

Objective :

To evaluate risk factors and compare different screening tools for neurocognitive impairment in HIV-infected patients.

Methods :

HIV-infected patients were evaluated using the International HIV-Dementia Scale (IHDS), Mini-Mental State Examination (MMSE) and a neurocognitive self-perception questionnaire recommended by the European AIDS Clinical Society. Sociodemographic, clinical and laboratory data were obtained through chart review and patient interview.

Results :

Among the 63 patients included, low performance on the IHDS was observed in 54.0% and IHDS score was inversely associated with age (OR 0.13; 95%CI [0.02-0.67]). Regarding cognitive self-perception, 63.5% of patients reported no impairment on the three domains covered by the questionnaire. Among those patients self-reporting no problems, 42.1% had low performance on the IHDS. None of the patients scored below the education-adjusted cut-off on the MMSE.

Conclusion :

IHDS scores suggestive of HAND were observed in more than half of the patients and lower scores were found among older patients. There was low agreement between the different tools, suggesting that the MMSE may be inadequate for assessing HAND. The self-assessment questionnaire had low sensitivity and might not be useful as a screening tool.
As alterações neurocognitivas associadas ao HIV (HAND) são relativamente frequentes entre pacientes infectados pelo HIV, porém são subdiagnosticadas. Avaliação de HAND na prática clínica diária é desafiador e diferentes ferramentas têm sido propostas.

Objetivo :

Avaliar fatores de risco e comparar diferentes ferramentas de rastreamento de alterações neurocognitivas em pacientes infectados pelo HIV.

Métodos :

Pacientes infectados pelo HIV foram avaliados usando a Escala Internacional de Demência pelo HIV (IHDS), Mini Exame do Estado Mental (MEEM) e um questionário de autopercepção neurocognitiva recomendado pela Sociedade Clínica Europeia de AIDS. Dados sociodemográficos, clínicos e laboratoriais foram obtidos por revisão de prontuário e entrevista com o paciente.

Resultados :

Entre os 63 pacientes incluídos no estudo, um baixo desempenho no IHDS foi observado em 54,0% e o escore no IHDS esteve inversamente associado à idade (OR 0,13; IC95% [0,02-0,67]). Em relação à autopercepção cognitiva, 63,5% dos pacientes não relataram nenhum prejuízo nos três domínios avaliados pelo instrumento. Nenhum paciente apresentou escore no MEEM abaixo do ponto de corte ajustado para escolaridade.

Conclusão :

Escores no IHDS sugestivos de HAND foram observados em mais da metade dos pacientes e valores mais baixos foram encontrados entre pacientes mais velhos. Houve pouca concordância entre os diferentes métodos de avaliação, sugerindo que o MEEM é inadequado para avaliação de HAND e o questionário de auto-avaliação tem uma baixa sensibilidade, não parecendo ser útil como ferramenta de triagem.

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