Life quality, depression and anxietysymptoms in chronic post-traumaticheadache after mild brain injury

Martins, Hugo André de Lima; Martins, Bianca Bastos Mazullo; Ribas, Valdenilson Ribeiro; Bernardino, Silvya Nery; Oliveira, Daniella Araújo de; Silva, Louana Cassiano; Sougey, Everton Botelho; Valença, Marcelo Moraes

ABSTRACT. Post-traumatic headache (PTH) is the most common symptom found in the post-traumatic syndrome, whose onset occurs within seven days of the trauma. The condition is characterized as acute when it persists for up to 3 months. PTH beyond this period is considered chronic.

Objectives:

The objective of this study was to determine the clinical features of chronic post-traumatic headache (cPTH) and its association with depression, anxiety and quality of life.

Methods:

A total of 73 female subjects were evaluated.

Patients were divided into three groups:

(a) group without headache, CONTROL, n=25; (b) cPTH group, n=19; and (c) MIGRAINE, n=29, with all subjects in the 11-84 year age group. Symptoms of anxiety and depression were evaluated by the Beck inventories of anxiety and depression, and quality of life assessed by the Lipp and Rocha quality of life inventory. Qualitative variables were analyzed using the Chi-square or Fisher’s exact tests and expressed as percentages whereas quantitative variables were analyzed by ANOVA, Mann-Whitney or Kruskal-Wallis tests with data expressed as mean±standard deviation, p<0.05.

Results:

Subjects with cPTH presented with headache manifesting similar features to those found in migraine. The cPTH group was associated with similar levels of anxiety and depression to the migraine group and higher than the CONTROL (p<0.001). Quality of life of individuals with cPTH was similar to that of subjects with migraine and lower than CONTROL subjects (p<0.05).

Conclusions:

cPTH presents similar clinical characteristics to migraine. Subjects with cPTH had high levels of anxiety and depression symptoms and reduced quality of life.

RESUMO. A cefaleia é o sintoma mais encontrado na síndrome pós-traumática, iniciando-se dentro de sete dias após o trauma. Sua a forma aguda dura até três meses e a crônica persiste após este período.

Objetivos:

O objetivo deste estudo foi determinar as características clínicas da cefaleia pós-traumática crônica (CPTc) e sua associação com a depressão, ansiedade e com nível de qualidade de vida.

Métodos:

Foram avaliados 73 sujeitos do gênero feminino, divididos em três grupos: (a) grupo sem cefaleia (CONTROLE, n=25), (b) grupo com CPTc (n=19) e (c) migrânea (MIGRÂNEA, n=29), com idades variando entre 11 e 84 anos. Os sintomas de ansiedade e depressão foram avaliados pelos inventários de ansiedade e depressão de Beck e a qualidade de vida pelo inventário de qualidade de vida de Lipp e Rocha. As variáveis qualitativas foram analisadas pelos testes qui-quadrado ou exato de Fisher e expressas em percentuais e as quantitativas por ANOVA, Mann-Whitney ou Kruskal-Wallis com os dados apresentados em média±desvio padrão, p<0,05.

Resultados:

Os sujeitos com CPTc apresentaram cefaleia com características semelhantes as encontradas na migrânea. A CPTc esteve associada aos níveis de sintomas de ansiedade e depressão similares ao grupo com migrânea e superior ao CONTROLE (p<0,001). Os níveis de qualidade de vida dos sujeitos com CPTc mostraram-se semelhantes aos dos sujeitos com migrânea e inferior ao CONTROLE (p<0,05).

Conclusões:

A CPTc apresenta características clínicas semelhantes a migrânea. Os sujeitos com CPTc apresentam elevado nível de sintomas de ansiedade e depressão e nível de qualidade de vida reduzida.