Efeito do treinamento físico na qualidade de vida em idosos com depressão maior
Effects physical training on quality of life in older adults with major depression
Rev. bras. ativ. fís. saúde; 19 (2), 2014
Publication year: 2014
Diversos estudos têm investigado o efeito do exercício nos sintomas da depressão e qualidade de vida (QV) em idosos depressivos. Entretanto, os poucos estudos realizados com idosos clinicamente diagnosticados apresentaram resultados controversos devido aos diferentes tipos e intensidades do treinamento físico. O objetivo do presente estudo foi comparar diferentes intervenções com exercícios físicos na QV e nos sintomas depressivos em idosos depressivos. Foram selecionados idosos com depressão maior, divididos em grupo exercício (n=31) e controle (n=21). O grupo exercício foi randomizado em Treinamento Aeróbio (TA) (n=9), Treinamento de Força (n=6) e exercícios generalizados de Baixa Intensidade (BI) (n=16). A diferença entre os momentos e grupos foi analisada pelos testes de Wilcoxon e Mann Whitney, respectivamente. Após três meses de intervenção, somente os grupos aeróbio (p=0,01) e força (p=0,02) reduziram significativamente os sintomas depressivos. Além disso, TA apresentou melhora nos aspectos físicos (p=0,02) e tendência à significância para redução da dor (Z=-1,7; p=0,08), enquanto o TF apresentou tendência à significância estatística na melhora da Capacidade física (p=0,08), e melhora nos aspectos físicos (p=0,05), sociais (p=0,05) e saúde mental (p=0,05). Já o GC apresentou piora no aspecto social (p=0,02) e nenhuma alteração foi vista para o grupo BI. O presente estudo mostrou que tanto o TA quanto o TF com intensidade moderada podem contribuir para a redução dos sintomas de depressão e melhora da qualidade de vida, especialmente dos aspectos físicos. E ainda, que tais alterações podem ser dependentes de aspectos fisiológicos causados pelo exercício, e não somente pelo contato social.
Several studies have investigated the effect of exercise on depressive symptoms and quality of life in depressive elderly. However, few studies have used elderly people clinically diagnosed and showed controversies results due to the different types and intensities of exercises. The goals of this study were to compare different interventions with physical exercise on quality of lifein and depressive symptoms in depressive elderly. We selected elderly with major depression, divided between exercise group (n=51) and control (n=21). The exercise group was randomized in aerobic training (n=9), strength training (n=6), and generalized exercise of low intensity (n=16). We analyzed the difference between moments and groups through Wilcoxon and Mann Whitney test, respectively. After three months of intervention, only aerobic (p=0.01) and strength (p=0.02) groups showed significant reduction of depressive symptoms. Moreover, TA showed improvement in physical aspect (p=0,02) and trend to significant results to pain (Z=-1,7; p=0,08), while TF showed trend to significant results to physical capacity (p=0,08), physical aspect (p=0,05), social aspect (p=0,05), and mental health (p=0,05). On the other hand, GC showed reduction to social aspect (p=0,02) and no changes was observed to BI group. The present study showed that both TA and TF with moderate intensity can contributes to reduction of depressive symptoms and improvement in quality of life, especially of physical aspects. Additionally, these changes should be dependents of physiological aspects caused by exercise, and not only by social contact.