Distúrb. comun; 27 (4), 2015
Publication year: 2015
Objetivo:
Investigar se os pais percebem as alterações vocais de seus filhos e se há concordância entre comportamentos vocais relatados por pais e filhos, considerando-se crianças com e sem alterações vocais. Método:
Participaram 28 crianças disfônicas (grupo disfônico - GD) e 22 crianças sem alterações vocais (grupo controle - GC). A presença da alteração vocal foi detectada por avaliação perceptivo-auditiva. Todos responderam a um questionário com questões fechadas, referentes a fatores prejudiciais à voz nos últimos seis meses. O questionário dos pais continha uma questão sobre opinião que tinham a respeito da voz de seu filho. Aplicou-se o teste de Concordância Kappa para analisar a existência de concordância entre a opinião dos pais em relação às vozes de seus filhos e a classificação da voz das crianças realizadas por juízes. Analisou-se também a concordância entre comportamentos vocais relatados por pais e filhos. Resultado:
No GD houve fraca concordância em relação à avaliação perceptivo-auditiva das vozes das crianças e a opinião dos pais e mães sobre as vozes de seus filhos. Porém no GC, houve concordância ótima para os pais, enquanto que para as mães a concordância foi perfeita. Quanto aos fatores prejudiciais à voz, houve concordância em ambos os grupos quanto à presença e à ausência de comportamentos relatados pelos pais e crianças. Conclusão:
Os pais de crianças disfônicas têm dificuldade em perceber a alteração vocal de seus filhos. Além disso, houve concordância entre presença ou ausência de comportamentos vocais nocivos autorreferidos pelas crianças disfônicas e com vozes saudáveis e seus respectivos pais.
Purpose:
Investigate if parents observe vocal alterations of their children and if there is agreement between vocal conduct referred by parents and children with or without voice disorders, and also investigate are there are correlations between family habits and dysphonia in children. Methods:
28dysphonic children and their parents (dysphonic group) and 22 ormophonic children and their parents (control group) participated. The unhealthy factors were investigated with a self-reported questionnaire. These factors were compared among the children of both groups, among children and their mothers and among children and their fathers. To compare the two groups, we used the difference of proportion test (p<0.05). To verify the correlation between children?s and parent?s habits, the Kappa coefficient (0.00<K<1.0 and p<0.05) was used. Results:
We verified that the individuals of the dysphonic group presented more unhealthy habits and reported living in a noisy household in a greater scale than the control group. Regarding the correlation analysis of the unhealthy factors, the Kappa coefficient revealed that for both groups there was a significant correlation for those factors between children and parents, both for their presence or absence. Conclusion:
The presence or absence of dysphonia is correlated to family behavior of both parents and children.
Objetivos:
Investigar si los padres se dan cuenta de las alteraciones vocales de sus hijos y si hay acuerdo entre los comportamientos vocales relatados por padres y hijos, teniendo en cuenta niños con y sin trastornos vocales. Método:
Participaron 28 niños disfónicos (grupo disfónico-GD) y 22 niños sin trastornos de la voz (grupo control-GC) . La presencia de alteración vocal se detectó por evaluación perceptivo-auditiva. Todos contestaron a un cuestionario con preguntas cerradas, que se referían afactores nocivos para la voz, en los últimos seis meses. El cuestionario de los padres contenía una pregunta adicional sobre la opinión que tenían a respeto de la voz de su hijo. Se utilizó el Test de Concordancia de Kappa para analizar la existencia de acuerdo entrela opinión de los padres sobre las voces de sus hijos y la clasificación de la voz de los niños realizada por jueces. Se analizó también el acuerdo entre los comportamientos vocales relatados por padres e hijos .Resultado:
En el GD hubo bajo acuerdo en relación a la evaluación perceptivo-auditiva de las voces de los niños y las opiniones de los padres y madres sobre las voces de sus hijos. Todavía en el GC hubo fuerte acuerdo para los padres, mientras para las madres el acuerdo fue perfecto. En cuanto a los factores nocivos para la voz, hubo acuerdo en ambos grupos en cuanto a la presencia y ausencia de comportamientos reportados por los padres y los hijos. Conclusión:
Los padres de niños disfónicos tienen dificultades para percibir la alteración vocal de sus hijos. Además, hubo acuerdo entre la presencia o ausencia de comportamientos vocales autoreferidos por los niños disfónicos y con voces saludables y sus respectivos padres.