Teste de Fluência Verbal: uma revisão histórico-crítica do conceito de fluência
Verbal Fluency Test: a historical-critical review of fluency concept
Test de Fluidez Verbal:una revisión históricocrítica del concepto de fluência

Distúrb. comun; 27 (4), 2015
Publication year: 2015

O teste de fluência verbal (TFV) é um dos mais utilizados na área de neurolinguística e neuropsicologia, contudo, pouco se tem analisado o conceito de fluência que subjaz à sua elaboração. Desta forma, o objetivo desta retrospectiva é analisar histórica e criticamente o TFV, sua criação e modificações até os dias atuais, à luz dos pressupostos que norteiam a Neurolinguística Enunciativo-Discursiva. A análise aponta que o conceito de fluência parece sustentar-se mais pela perspectiva da produtividade linguística do que pela compreensão das vias que possibilitam tal produtividade. Observa-se, ainda, a ocorrência de uma mudança conceitual em que a fluência deixa de ser considerada como um fator de inteligência isolado para ser uma tarefa pela qual se mobilizam outras atividades cognitivas como memória, atenção, vocabulário, dentre outras. Nesse sentido, desloca-se a avaliação da fluência linguística para uma avaliação da fluência cognitiva por meio da produção verbal.
Verbal Fluency Test (VFT) is one of the most used tests in europsychology, although the concept of fluency that underlies the test has been rarely discussed. In this way, this study aims to present ahistorical-critical review of VFT, its genesis and modifications until now, in light of Discursive-Enunciation Neurolinguistic. The review points the concept of fluency in VFT shows to be more related to a verbalquantitative production perspective than to a linguistic process comprehension that allows this production. Also, there is a conceptual change of fluency concept in neuropsychology, so that fluency is no longer considered as an isolated intelligence factor, to be considered a task that mobilizes other cognitive activities such as memory, attention, vocabulary, among others. In this sense, VFT has not been focusingon linguistic fluency but on cognitive fluency through verbal production.
El test de fluencia verbal (TFV) es uno de los más utilizados en el área de neurolingüística y neurosicología, aunque poco se ha analizado el concepto de fluencia que subjace en su elaboración. De esta forma, el objetivo de esta retrospectiva es analizar histórica y críticamente el TFV, su creación y sus modificaciones hasta los días actuales, a la luz de los presupuestos que nortean la Neurolingüística Enunciativo-Discursiva. El análisis apunta que el concepto de fluencia parece sustentarse más por laperspectiva de la productividad linguística, de que por la comprensión de las vías que posibilitan tal productividad. Se observa aún, que hay un cambio conceptual en que la fluencia deja de ser considerada como un factor de inteligencia aislado, para ser una tarea por la cual se mobilizan otras actividades cognitivas como memoria, atención, vocabulario, entre otras. En ese sentido, dislocase la evaluación de la fluencia linguística para una evaluación de la fluencia cognitiva por medio de la producción verbal.

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