Pode-se considerar crítica a necessidade de marcadores sensíveis e específicos para o diagnóstico precoce do câncer de ovário. Mais de setenta e cinco por cento dos casos dos casos de tumores epiteliais malignos do ovário são diagnosticados em estádios avançados e a possibilidade de cura é mínima, mesmo com todos os recursos terapêuticos disponíveis. Por outro lado quando se diagnostica a doença no estádio I obtém-se cura em cerca de noventa por cento dos casos. Tentativas de diagnóstico precoce baseadas no uso do CA 125 isoladamente ou em combinação com a ultra-sonografia transvaginal apresentam reduzido valor preditivo positivo. No entanto, é esperado que as diversas modificações celulares que ocorrem durante a carcinogênese do ovário possam refletir na presença de padrões de biomarcadores na circulação. Combinações do espectro de proteínas gerados pelas novas tecnologia utilizadas no mapeamento do proteoma humano com algoritmos de informática baseados em inteligência artificial têm auxiliado na descoberta de algumas proteínas que podem ter valor na discriminação entre mulheres saudáveis e com câncer de ovário. Nos próximos anos esta nova tecnologia poderá estar disponível para uso clínico. É portanto fundamental, acompanhar seu desenvolvimento, deve-se buscar compreender as bases se sua utilização, as vantagens sobre os métodos atuais e suas limitações...