A Gravidez ectópica apresenta elevada incidência, morbidade e mortalidade, com aumento do número de casos nos últimos anos. A melhora dos métodos propedêuticos possibilitou diagnóstico mais precoce com conseqüente diminuição da mortalidade e adoção de condutas mais conservadoras visando preservar o futuro reprodutivo dos pacientes. Esta revisão compara diferentes modalidades de tratamento e prognóstico reprodutivo. A salpingectomia é o tratamento de escolha para tubas muito comprometidas ou pacientes com instabilidade hemodinâmica. A salpingostomia é indicada para pacientes com antecedente de infertilidade e tuba contralateral pouco danificada. A laparoscopia é o método preferencial por ser técnicamente fácil, segura e de menor custo. O tratamento medicamentoso pode ser utilizado em casos selecionados com resultados semelhantes ao tratamento cirúrgico. Cerca de 60 porcento das pacientes consegue engravidar espontaneamente um ano após episódio de gravidez ectópica e o prognóstico reprodutivo depende, principalmente, da idade da paciente, do status tubário e antecedente de infertilidade. Parece que o tipo de tratamento utilizado pouco influencia no prognóstico reprodutivo das pacientes, porém mais estudos prospectivos com distribuição aleatória das pacientes precisam ser realizados