A Toxemia gravídica é a principal causa de mortalidade materna e perinatal no Brasil, verdadeiro problema de saúde pública. Estudos epidemiológicos recentes têm demonstrado a relação entre a pré-eclampsia e a doença coronariana. A pré-eclampsia pode ser hoje em dia entendida como uma doença em três estágios. O estágio 1 caracterizado pela placentação defeituosa; o estágio 2 pela perfusão uterina deficiente acusada pelo Doppler e o estágio 3 tipificado pela disfunção endotelial. A disfunção endotelial avaliada pelo teste da dilatação fluxo-mediada da artéria braquial (DILA) foi evidenciada em mulheres não-grávidas com história de toxemia. Ademais, na própria gravidez a reatividade vascular apontada pela DILA seria sinal preditivo da doença, juntamente com o Doppler das artérias uterinas. A profilaxia da toxemia gravídica pode ser feita com aspirina, antioxidantes (vitaminas C e E), vitaminas do complexo B (B6, B12 e folato)e suplementação com L-arginina