Este estudo caracteriza a assistência obstétrica prestada a um grupo de 50 mulheres de um hospital filantrópico localizado no interior do estado de São Paulo relacionando-a com a literatura científica específica sobre o trauma perineal. Trata-se de pesquisa descritiva realizada nos meses de junho, julho e agosto de 2003. Cerca de 90 por cento das mulheres do estudo tiveram seus filhos via parto vaginal e 10 por cento fórceps. A posição exclusiva para o nascimento foi a litotômica. Constatou-se que algumas práticas não mais preconizadas como rotinas ainda são realizadas neste serviço, tais como o uso de ocitócitos e a prática da episiotomia. Por meio destas e de outras condutas é que considera-se haver distanciamento real entre a teoria e a prática obstétrica, o que pode algumas vezes predispor às mulheres a riscos desnecessários. Acredita-se que número maior de trabalhos que tracem o perfil da assistência obstétrica prestada no Brasil seja relevante para a implementação e adoção de condutas que busquem atendimento mais humanizado...