As ondas de calor são definidas como períodos transitórios de intenso calor na parte superior do corpo, braços e face, sendo freqüentemente acompanhadas de enrubecimento da pele e sudorese profusa. Têm impacto negativo na qualidade de vida das mulheres em fadiga, irritabilidade, esquecimento, desconforto físico agudo e efeitos negativos no trabalho. Afetam principalmente mulheres no período de transição para a menopausa, aquelas que tiveram menopausa natural ou decorrente de ooforectomia, quimioterapia, radioterapia ou usuárias de medicação que diminua os níveis de estrogênio. Apesar do importante impacto das ondas de calor na vida das mulheres, poucos estudos investigaram sua etiologia e fatores predisponentes. Foram apontados como fatores etiológicos as alterações no centro termoregulador e nos níveis hormonais. Como fatores predisponentes foram estudados, além dos níveis hormonais, raça, índice de massa corporal, tabagismo, laqueadura tubária e menopausa cirúrgica. No tratamento das ondas de calor utilizam-se hormônios (estrogênios, progestagênios), clonidina, veralipride, antidepressivos (fluoxetina, paroxetina, venlafaxina), e medicação como vitamina E, isoflavona de soja, além de medidas comportamentais. A disponibilidade do conhecimento sobre as ondas de calor proporcionará tratamentos e medidas preventivas mais eficazes, melhorando a qualidade de vida das mulheres na pós-menopausa