Condutas preconizadas pela FIGO, a partir de 2003, em relação aos cânceres ginecológicos D)Carcinomas de ovário
Guidelines of gynecologic cancers by FIGO D)Ovarian carcinomas
Femina; 33 (2), 2005
Publication year: 2005
Em 2003, com base em trabalhos científicos e na experiência dos mais respeitados serviços do mundo, a Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia; juntamente com a International Gynecological Cancer Society publicaram as condutas sugeridas frente aos diversos cânceres em Ginecologia. Os carcinomas de ovário geralmente são detectados tardiamente e cursam com mau prognóstico. Não há método de screening adequado. Quando há queixas abdominais de mulheres na peri-menopausa solicita-se ultra-sonografia e o marcador tumoral CA-125. Deve ser observado que há correlação familiar, sendo estadiados cirurgicamente. Geralmente são detectados em estádios avançados. A cirurgia preconizada deve ser basicamente a histerectomia total abdominal + anexectomia bilateral + omentectomia + linfadenectomia pélvica e para-aórtica; a resseção de massas neoplásicas deve ser a mais radical possível para que reste o mínimo de massa tumoral. Antes de se iniciar a cirurgia deve-se colher amostra de líquido peritoneal para estudo de células neoplásicas, além de praticar minucioso inventário da cavidade abdominal. Nos estádios Ia e G1 em jovens pode-se sugerir cirurgia conservadora. A quimioterapia é quase sempre mandatória. As drogas preferenciais são a platina e os taxanos. A indicação de 2nd look não é consensual. Nas recidivas após 6 meses pode-se repetir a quimioterapia com platina; quando o tumor é pequeno, é válida a reintervenção cirúrgica. Os tumores de baixo potencial maligno borderline são menos agressivos e têm bom prognóstico; geralmente são diagnosticados em estádios iniciais. Nestas ocasiões, admitem tratamento conservador: anexectomia unilateral. Não respondem bem à quimioterapia