Câncer de mama associado à gravidez: revisão de literatura
Pregnancy-associated breast cancer: a literature review

Femina; 33 (6), 2005
Publication year: 2005

O Câncer de mama associado à gravidez inclui todos os casos diagnosticados durante a gestação e nos 12 meses subseqüentes ao parto. Sua incidência entre 0,02 e 3,8 por cento das gestações resulta na freqüência de um caso em 3.000 a 10.000 partos. A evolução clínica, diante de parâmetros epidemiológicos equivalentes, parece semelhante à dos casos não relacionados com a gravidez. O estado pré-menopausal, a presença de linfonodos comprometidos, tumores de alto grau com baixa expressão de receptores hormonais e cerbB2 positivo, associados ao retardo no diagnóstico ou tratamento, contribuem para prejudicar o prognóstico. A identificação de fatores de risco, o exame físico minucioso no primeiro trimestre e a ultrasonografia de mama, são os recursos essenciais para agilizar o diagnóstico do câncer de mama associado à gravidez. A ultra-sonografia colabora para a triagem das pacientes com alto risco, otimizando a punção aspirativa com agulha fina, a core-biopsy ou a mamotomia, permitindo obter material adequado ao estudo citológico ou exame anatomopatológico. A mamografia possui baixa sensibilidade e especificidade durante a gravidez. O tratamento mantém analogia com o preconizado para as pacientes não grávidas, retardando-se a quimioterapia até o segundo trimestre e adiando-se a radioterapia para o pós-parto

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